Com medo do horário de verão, estudantes chegam até 3h antes ao Enem

Neste domingo, os candidatos farão provas de linguagens, ciências humanas e redação

© Rovena Rosa / Agência Brasil

Brasil Mudança 04/11/18 POR Folhapress

O horário de verão começou a valer neste domingo (4), mesmo dia da primeira etapa do Enem, exame que 5,5 milhões de pessoas farão para concorrer a uma vaga em universidades de todo o país. Na dúvida com o relógio, os estudantes resolveram se adiantar e chegaram aos locais de prova com até três horas de antecedência.

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Neste domingo, os candidatos farão provas de linguagens, ciências humanas e redação. O exame dura 5h30. No próximo domingo (11), as provas serão de química, física e biologia.

+ Haitiano chega com três horas de antecedência para o Enem

Álex Cardoso, 17, chegou às 10h aos portões da Uninove na Barra Funda, na capital paulista. Segundo ele, que faz o exame pela primeira vez, "não queria virar meme". O horário de verão também o preocupava: só foi dormir depois de conferir se seu relógio havia se atualizado.

Gabriella Lima Silva, de 19 anos, também ficou apreensiva com a mudança de horário -ela verificou em três sites diferentes se o relógio do celular estava correto e chegou meia hora antes da abertura dos portões. É a terceira vez que a estudante tenta uma vaga em medicina pelo concurso.

Bruna Maciel Melo chegou à Uninove ao coro dos que vieram assistir os atrasados. "Atrasou vai virar meme", cantavam. Essa foi uma preocupação da estudante, que mora em Taipas e saiu com 1h40 de antecedência de casa. "O caminho foi tranquilo. Espero que a prova também seja", conta.

Beatriz Albuquerque, 16, e Matheus Henoch, 17, chegaram à Unip Vergueiro, em São Paulo, às 11h, duas horas antes do fechamento dos portões. "Bate um medo porque todo mundo fala que é difícil", diz Beatriz. A dupla de amigos estudou mais para a redação, etapa que consideram a mais desafiadora do Enem. "Aposto em três temas: fake news, preconceito linguístico e pedofilia", afirma Matheus.

Em Belo Horizonte, Gabriela Lara, 17, chegou às 11h30 na PUC também "para não virar meme". Ela e as colegas do terceiro ano do lnstituto Coração de Jesus resolveram se prevenir e chegar cedo. "O tema da redação pode ser preconceito linguístico, pedofilia na internet e fake news", diz Julia Vitória, 17, que quer ser veterinária. Sofia Belezia, 19, completa o trio. Quer veterinária como a colega e trouxe chiclete pra se manter atenta e acordada.

Em Campinas, 24 mil estudantes prestam a primeira etapa do Enem, segundo o Inep. Os primeiros candidatos chegaram cedo à Faculdade Anhanguera do bairro Taquaral, um dos locais de prova da cidade. Bruno Junqueira, 21, atento ao horário de verão, adiantou manualmente seu relógio em uma hora. A operadora, no entanto, adiantou, automaticamente, mais uma hora, o que fez Bruno chegar às dez da manhã.

Outros candidatos não tiveram problemas com o horário. Bianca Andreza, 17, acordou mais cedo e foi à igreja antes de chegar às 10h40. Apesar disso, está ansiosa e dormiu pouco de ontem para hoje. "Às vezes, a gente sente que todo estudo parece insuficiente." É sua primeira vez prestando o Enem.

Na capital, Michel Mesquita, 23, adiantou o despertador em uma hora e chegou à Unip Vergueiro, às 10h30. É a segunda que vez que presta a prova para tentar uma vaga em Engenharia Elétrica. Ele gostou da prova dividida em dois domingos, como acontece desde o ano passado. "Você tem mais tempo pra descansar, não fica tão tenso. O lado ruim é que é difícil controlar a ansiedade nessa semana, mas achei mais positivo."

Acompanhada da mãe, Luiza Santana, 17, ficou preocupada com o funcionamento do metrô para chegar até a unidade. "Houve queda de energia na região por conta da chuva e do vento e resolvemos vir mais cedo", conta Tatiana Santana. A estudante, que tenta uma vaga em arquitetura, também aposta no tema de preconceito linguístico e fez cursos específicos para a redação.

Guilherme Eduardo, 17, tenta uma vaga no curso de História ou Ciências Sociais. Por isso, espera atingir uma pontuação alta hoje, nas questões de linguagens, humanas, e na redação. Sobre o tema da redação, comentou que o Inep deu dicas de possíveis assuntos em postagens na internet. Entre eles, tecnologia e pedofilia. Com informações da Folhapress.

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