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O presidente eleito Jair Bolsonaro usou uma imagem para responder neste domingo (5) à declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que seu governo deve prejudicar à imagem do Brasil no exterior.
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Bolsonaro publicou em sua página no Twitter uma foto do ex-presidente deitado numa poltrona com as pernas erguidas e com um livro nas mãos, legendando apenas com o nome do tucano.
A imagem foi compartilhada mais de 2,4 mil vezes e foi curtida mais de 21 mil vezes pelos seguidores do capitão reformado.
Nesta segunda-feira (5), Fernando Henrique rebateu, também por meio do Twitter, a ironia do presidente eleito. "A desinformação é péssima conselheira, sobretudo vinda dos poderosos. Na foto do Twitter do Pr eleito eu apareço lendo um livro de exPremier da China, deposto e preso, em que critica o regime. Isso aparece como”prova” de que sou comunista. Só faltava essa. Cruz, credo!", escreveu o tucano.
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A desinformação é péssima conselheira, sobretudo vinda dos poderosos: na foto do Twitter do Pr eleito eu apareço lendo um livro de exPremier da China, deposto e preso, em que critica o regime. Isso aparece como”prova” de que sou comunista. Só faltava essa. Cruz, credo!
— Fernando Henrique Cardoso (@FHC) 5 de novembro de 2018
O comentário de Fernando Henrique Cardoso que gerou o "mal-estar" foi feito em evento em Lisboa, no sábado (3). Ele criticou a possibilidade do governo de Bolsonaro não priorizar o Mercosul nas relações comerciais do país.
"Será um impacto, no meu modo de ver, negativo. Ele disse que o Mercosul não é prioridade, o que abala a relação do Brasil com parceiros do Sul. Foi dito que, eventualmente, o Brasil poderia cortar relações com certos países", enumerou.
Fernando Henrique Cardoso: pic.twitter.com/3MFMnpTQ6z
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 4 de novembro de 2018
O ex-presidente se referiu à entrevista do futuro ministro da área econômica, Paulo Guedes, que declarou que a que a Argentina e o Mercosul "não são prioridade" para o futura gestão do Brasil.
A declaração também foi criticada pelo ex-ministro das Relações Exteriores do Governo Lula, Celso Amorim, que disse "essa pessoa não tem sensibilidade" para o fato de que as relações econômicas têm impacto na construção da paz na região. Com informações da Folhapress.