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Na lista dos 28 nomes indicados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para a equipe de transição de governo, está o empresário Marcos Aurélio Carvalho, sócio de uma empresa ligada à investigação sobre envio em massa de mensagens via WhatsApp durante as eleições.
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De acordo com o UOL, ele é sócio da AM4 Brasil Inteligência Digital, apontada como a maior fornecedora da campanha do capitão reformado ao Planalto. Carvalho será o responsável pela comunicação de transição e vai ganhar um salário de R$ 9,9 mil.
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O “caso WhatsApp” foi denunciado pelo jornal “Folha de S.Paulo” no dia 18 de outubro, revelando que empresários teriam financiado pacotes de disparo de mensagens pelo WhatsApp com conteúdo atacando o PT de Fernando Haddad, então adversário de Bolsonaro no segundo turno do pleito. A prática é considerada caixa 2 e também ilegal.
A AM4, segundo reportagem do UOL, contratou disparos junto a Yacows, que também é investigada pela Polícia Federal e pelo TSE.
A Justiça Eleitoral aponta que a empresa de Marcos Aurélio Carvalho, que tem outros dois donos, recebeu R$ 650 mil para conduzir a campanha de Bolsonaro na internet.
Carvalho aparece como “sócio-administrador” da AM4, segundo o cadastro de pessoas jurídicas da Receita Federal. Nesta condição, ele não pode assumir cargo na equipe de transição, pois a legislação impede que servidores públicos do Governo Federal trabalhem como administradores ou gestores de empresas privadas.
Marco Aurélio Carvalho disse ao UOL que continua sócio, mas que está afastado do comando da empresa em questão. A assessoria de Bolsonaro não se manifestou sobre o caso.