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Desde que foi indicado por Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o Ministério da Justiça, o juiz Sérgio Moro tem planejado a futura gestão da pasta baseado em um pacote anticorrupção organizado pela Transparência Internacional, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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O estudo, de acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, inclui projeto de lei para definir melhores atribuições à Controladoria-Geral da União (CGU). O objetivo é mantê-la subordinada à Presidência da República, e não ao "superministério" da Justiça, como deseja Bolsonaro.
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No momento em que fez o convite a Sérgio Moro, na semana passada, o presidente eleito sugeriu que ele incorporasse a controladoria e ampliasse os seus poderes como ministro.
A CGU é o principal órgão de controle interno do governo e, segundo especialistas e os próprios funcionários, é imprescindível que ela esteja ligada à Presidência, para que tenha autonomia de vigiar todos os ministérios.
O pacote adotado por Moro e a ideia defendida por Bolsonaro em relação ao órgão seguem, então, em linhas opostas. Por isso, a questão ainda é tratada como incerta pela equipe do militar. Já o magistrado diz estar analisando o caso.
Nesta terça-feira (6), o juiz deve conceder uma entrevista coletiva, em Curitiba (PR), quando promete detalhar seus planos de gestão.