Mercado de trabalho ainda não gera pressão de demanda no IPCA, diz IBGE

O IPCA de outubro deste ano ficou em 0,45%, ante uma taxa de 0,42% registrada no mesmo mês de 2017

© Reuters / Paulo Whitaker

Economia Preços 07/11/18 POR Estadao Conteudo

O mercado de trabalho ainda não está vigoroso o suficiente para gerar uma pressão de demanda sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), observou Fernando Gonçalves, gerente na Coordenação de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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"Nível de desemprego teve recuo no mês passado, mas ainda continua a reposição do emprego através do trabalho informal. Essas pessoas acabam não tendo a mesma segurança que as pessoas com carteira assinada têm e, por isso, ficam mais contidas ao fazer suas despesas", argumentou Gonçalves.

O IPCA de outubro deste ano ficou em 0,45%, ante uma taxa de 0,42% registrada no mesmo mês de 2017. Como resultado, o IPCA acumulado em 12 meses subiu de 4,53% em setembro para 4,56% em outubro, ainda girando no centro da meta de 4,5% perseguida pelo Banco Central. Nos 12 meses encerrados em outubro de 2017, porém, o IPCA era de apenas 2,70%.

"Lembrando que a safra agrícola do ano passado foi muito boa, ajudando a conter a taxa do IPCA do ano. Por isso, a gente está trocando taxas que eram mais baixas no ano passado por taxas mais elevadas agora", ressaltou o gerente do IBGE.

Uma das medidas que reflete o impacto da demanda sobre os preços é a inflação de serviços, que ficou em 0,17% em outubro. Dentro do IPCA, a taxa acumulada em 12 meses pelos serviços desceu de 3,23% em setembro para 3,03% em outubro, menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

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Por outro lado, os bens e serviços monitorados pelo governo vêm pressionando o orçamento das famílias. A inflação de monitorados ficou em 0,54% em outubro, levando a taxa acumulada em 12 meses a uma alta de 9,90%.

A alta de 22,31% na gasolina resultou na maior pressão sobre o IPCA em 12 meses, um impacto de 0,90 ponto porcentual. A energia elétrica foi a segunda maior pressão sobre a inflação em 12 meses, com elevação de 16,69%, um impacto de 0,60 ponto porcentual.

Gonçalves lembra que a alta já anunciada no gás de botijão pode pressionar o IPCA de novembro, mas que o preço da gasolina nas refinarias teve redução por esses dias. A gasolina tem um peso de 4,69% no cálculo da inflação, enquanto o gás de botijão responde por 1,33% do IPCA.

"Na energia elétrica, a bandeira tarifária diminuiu (a cobrança adicional da bandeira vermelha patamar 2 foi substituída pela bandeira amarela). Mas teve aumento autorizado em algumas regiões (reajustes em São Paulo, Brasília e Goiânia)", acrescentou o pesquisador.

O impacto de itens monitorados sobre o IPCA em 12 meses foi de 2,48 ponto porcentual. Com informações do Estadão Conteúdo.

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