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Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, negou a uma solicitação do Reino Unido e do Canadá para responder a questões sobre desinformação e privacidade na plataforma, informaram autoridades desses países em uma carta nesta quarta-feira (7). É a segunda vez que ele rejeita um pedido de legisladores britânicos.
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Representantes de outros três países aderiram a uma carta conjunta para que o executivo compareça a uma audiência internacional em Londres no dia 27 de novembro. Ela acontecerá com ou sem Zuckerberg.
Além de Reino Unido e Canadá, assinaram a carta parlamentares da Argentina, Austrália e Irlanda. Os dois comitês se reunirão para uma audiência e querem a presença de Zuckerberg para o posicionamento sobre o "uso maligno da plataforma nos assuntos mundiais e processos democráticos".
Em audiências anteriores, o Facebook enviou representantes menos importantes, como Mike Schroepfer, chefe de tecnologia do Facebook. "Estamos muito decepcionados com essa resposta desdenhosa", escreveram os signatários. Eles disseram que Zuckerberg deveria dar aos 170 milhões de usuários coletivos desses países "a mesma linha de responsabilidade" que deu a usuários nos EUA e na União Europeia, comparecendo para confrontar diretamente os legisladores.
Zuckerberg já testemunhou perante o Congresso dos Estados Unidos e o Parlamento da União Europeia, mas governos ainda querem respostas sobre o funcionamento da rede. Em 2015, o Facebook tomou conhecimento do uso irregular de dados pela consultoria Cambridge Analytica, mas não fez auditorias posteriores. No início deste ano, veio à tona o caso com evidências de que contas de 87 milhões de usuários estavam vulneráveis.
Na terça-feira (6), a chefe da agência britânica de supervisão de dados, Elizabeth Denham, disse que o Facebook deve mudar significativamente o modo de fazer negócios e pediu que a gigante da mídia social se sujeite a regulamentações mais rigorosas.
"O Facebook precisa mudar, mudar significativamente seu modelo de negócios e suas práticas para manter a confiança", afirmou. No fim de outubro, o órgão regulador multou o Facebook em £ 500 mil (R$ 2,4 milhões) pela violação de dados no caso Cambridge Analytica. Com informações da Folhapress.