DF anuncia demissão de 478 presos que trabalham para reduzir pena

A Funap explicou que os 478 postos de trabalho que serão "liberados" com a rescisão dos contratos voltarão a ser ocupados, mas por presos do semiaberto

© Gláucio Dettmar/CNJ/Divulgação

Brasil Regime 08/11/18 POR Notícias Ao Minuto

O governo do Distrito Federal pretende demitir, até o final deste ano, 478 presos que cumprem pena nos regimes domiciliar e aberto. Eles são contratados pela Fundação de Amparo ao Trabalhador ao Preso (Funap). Segundo destaca o G1, ao serem desligados das funções, os presos perdem direito ao salário e ao benefício de remição da pena.

PUB

A Funap – responsável por gerir os convênios de contratação – divulgou uma nota na qual informa que a ordem de desligamento é baseada em uma portaria emitida, em abril, pela Vara de Execuções Penais do DF. Não há ainda informações sobre o impacto previsto nos contratos de presos no regime semiaberto ou fechado.

"A Funap informa que, em cumprimento à determinação da portaria nº 003, expedida pela Vara de Execuções Penais, serão desligados 478 egressos que se encontram no regime domiciliar ou aberto."

+ Governo de RR: intervenção é medida extrema que não se justifica

No entanto, a Justiça do DF nega que tenha dado qualquer ordem do tipo. Segundo a Vara de Execuções Penais, a portaria apenas regulamenta a classificação dos detentos aptos a trabalhar, e pede prioridade a quem está, de fato, recolhido nos presídios.

"A medida foi tomada diante da necessidade de privilegiar a pessoa efetivamente presa, que de fato é vulnerável, e não tem liberdade para sair à procura de emprego."

De acordo com o comunicado enviado ao G1, essa redistribuição das vagas, que levou à demissão dos presos em regime aberto, foi definida pela própria Funap, sem interferência do Poder Judiciário.

A Funap explicou que os 478 postos de trabalho que serão "liberados" com a rescisão dos contratos voltarão a ser ocupados, mas por presos do semiaberto.

As funções dos 1,4 mil presos que exerciam atividades remuneradas fora do Complexo Penitenciário da Papuda incluem serviços gerais, trabalho em caldeiras e lavanderias de hospitais, por exemplo, além de trabalhos como auxiliar administrativo. Os salários vão de R$ 900 a R$ 1,2 mil.

O auxiliar de serviços gerais Márcio, casado e pai de três crianças, diz que foi informado que a demissão ocorreria em 20 de dezembro. Os presos demitidos não têm direito a benefícios como férias e FGTS. "Que amparo é esse? Vão jogar a galera para o crime. Minha escolha errada já passou, agora quero minha vida de volta, trabalhar e ser digno", disse em entrevista a G1.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Rio Grande do Sul Há 15 Horas

Avião cai em Gramado; governador diz que não há sobreviventes

mundo EUA Há 18 Horas

Professora que engravidou de aluno de 12 anos é condenada

fama GUSTTAVO-LIMA Há 21 Horas

Gusttavo Lima é hospitalizado, cancela show no festival Villa Mix e fãs se revoltam

fama WILLIAM-BONNER Há 17 Horas

William Bonner quebra o braço e fica de fora do Jornal Nacional no fim do ano

brasil BR-116 Há 19 Horas

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa 38 mortos em Minas Gerais

fama Pedro Leonardo Há 19 Horas

Por onde anda Pedro, filho do cantor Leonardo

lifestyle Smartphone Há 18 Horas

Problemas de saúde que estão sendo causados pelo uso do celular

esporte FUTEBOL-RIVER PLATE Há 18 Horas

Quatro jogadoras do River Plate são presas em flagrante por racismo

fama Vanessa Carvalho Há 19 Horas

Influenciadora se pronuncia após ser acusada de trair marido tetraplégico

mundo Síria Há 20 Horas

'Villa' luxuosa escondia fábrica da 'cocaína dos pobres' ligada a Assad