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THALES DE MENEZES - "O Grinch" chega cedo aos cinemas. A animação que resgata uma história natalina tradicional nos Estados Unidos provavelmente se encaixaria melhor nas estreias de dezembro. Mas talvez o medo da concorrência de muitos filmes no fim de ano tenha provocado essa antecipação. E esse medo é justificado.
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Não é que seja um filme ruim. Na verdade, o longa produzido pelo estúdio Illumination, o mesmo dos "Minions", é bem fofo e muito divertido. Mas, mesmo bonito e caprichado nos menores detalhes, não se configura como um desenho para arrebentar nas bilheterias. Apesar de muita neve, não ameaça "Frozen".
O personagem principal é uma criatura verde, peluda e rabugenta que odeia o Natal e seu clima de alegria e confraternização. A ponto de decidir roubar o Natal das pessoas. Por "roubar", entenda-se sumir com todos os brinquedos e os enfeites de Quemlândia, cidadezinha nas montanhas onde todo mundo é feliz. Menos Grinch, claro.
Enquanto o bicho esverdeado prepara um plano mirabolante para assaltar todas as casas na noite de Natal, outra personagem também espera ansiosamente por esse dia.
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A menina Cindy Lou quer encontrar o Papai Noel para pedir a ele que ajude sua mãe, que trabalha bastante e sofre para cuidar sozinha dela e de seus irmãos caçulas, dois bebês gêmeos infernais.
Com todos os diálogos em versos rimados, como num livro infantil antigo, o roteiro vai caminhar para que Cindy Lou cruze o caminho de Grinch, num encontro que pode mudar a vida dos dois.
Essa história simples é valorizada pelo visual deslumbrante de Quemlândia e por um personagem coadjuvante que rouba todas as cenas em que aparece.
Max é um simpático vira-lata totalmente devotado a Grinch. Faz tudo pelo dono, o que inclui preparar seu café da manhã e puxar seu trenó, apesar do tamanho diminuto do cãozinho.
Nos ataques espetaculares de Grinch para azedar o Natal de todos, Max é figura vital na operação toda, embora não simpatize com os desejos vingativos do dono.
Para a versão original do filme, a primeira opção como dublador de Grinch era Jim Carrey, que interpretou o personagem numa versão com atores de carne e osso em 2000, de muito sucesso.
Sem Carrey, a função ficou em boas mãos. Quer dizer, boas cordas vocais. Quem empresta a voz a Grinch é Benedict Cumberbatch, o Dr. Estranho dos filmes da Marvel. Na dublagem brasileira, Lázaro Ramos se sai muito bem.
Tudo no filme é redondinho e encantador. Mas, definitivamente, "O Grinch" é endereçado a crianças bem pequenas. Só os mais baixinhos vão se deixar envolver pela história. Para os pais que levam os pimpolhos ao cinema, vale mais o divertidíssimo curta dos Minions que abre cada sessão.
O GRINCH (THE GRINCH)
PRODUÇÃO: EUA, 2018
DIREÇÃO: Yarrow Cheney e Scott Mosier
QUANDO: Estreia nesta quinta (8)
CLASSIFICAÇÃO: Livre
AVALIAÇÃO: Bom. Com informações da Folhapress.