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Toda mulher em algum momento já sentiu dores ou inchaço nos seios. Algumas se preocuparam e outras não. Algumas mandaram mensagens para o seu médico, conversaram com as amigas e outras logo fizeram pesquisas na internet. Acontece que as mamas podem dar sinais de que algo está acontecendo com a sua saúde, que podem ser desde algo simples até um problema que precisa ser avaliado por um especialista. Para tirar algumas dúvidas sobre o assunto, o Dr. Rogério Fenile, mastologista pela Unifesp e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia, separou cinco motivos mais comuns, dos quais a mulher não precisa se preocupar.
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Menstruação
Para começar, o inchaço e a dor nos seios são os sintomas mais comuns da TPM, a famosa tensão pré-menstrual, aquele aviso que a maioria das mulheres recebe de que o corpo está preparado para menstruar. Além das possíveis cólicas, enxaquecas, dores nas pernas e costas, a dor nos seios também faz parte desse sinal e pode surgir até duas semanas antes da menstruação. “Chamada de mastalgia cíclica, essa dor pode acontecer todos os meses em mulheres no período fértil. Ela vai diminuindo até desaparecer no período da menopausa. Uma das causas dessas dores é a mudança hormonal que ocorre no corpo durante esse período”, explica o médico.
Retenção de Líquidos
A liberação de hormônios no corpo, em alguns casos, também colabora com a retenção de líquidos, ou seja, é quando o corpo acumula parte do líquido ingerido dentro das células. Isso também acontece em pessoas que têm uma alimentação com muito sal, pois o organismo entende que precisa de mais água para compensar. “A mama também é um deposito de gordura e esse líquido retido pode ir direto para ela, além de outras regiões do corpo. Por conta desse armazenamento de água, os seios podem ficar inchados e doloridos, assim como acontece na TPM”, esclarece o especialista.
Gravidez
Se os seios estiverem sensíveis, inchados e acompanhados de atraso no período menstrual, além de outros sintomas como cansaço, sono e tontura, isso pode ser um sinal de gravidez. Segundo o mastologista, no período inicial da gestação, até os mamilos podem ficar mais sensíveis: “Quando o organismo se acostumar aos novos níveis de hormônios, o incômodo tende a melhorar. Depois, ela entra no período de sensibilidade, pois as mamas também tendem a aumentar para o preparo do corpo para a amamentação. Nesse caso, o desconforto costuma durar alguns meses, mas tende a passar”.
Puberdade
O desenvolvimento dos seios começa por volta dos nove anos de idade, se intensifica na puberdade, e se completa entre os 17 e 18 anos. Nesse período, chamado de telarca, de acordo com o especialista, as variações hormonais fazem com que o crescimento dos seios, que pode ser de maneira rápida ou gradativa, tragam inchaço, sensibilidade nas mamas e também pode ser um grande incomodo.
Anticoncepcional
O uso de medicamentos ou anticoncepcionais a base de estrogênio podem ter como sintomas o inchaço e dor nos seios. “Ela pode passar dentro de alguns meses ou não. Cada pessoa vai sentir de uma maneira muito pessoal. Agora, se essa sensação persistir, é necessário conversar com um ginecologista, para avaliar a necessidade de mudança do medicamento ou anticoncepcional por outro método ou tipo”, orienta.
Dicas para amenizar o desconforto:
- Utilizar um sutiã confortável, adequado para o tamanho de cada corpo e com boa sustentabilidade nas alças;
- Evitar comidas processados, priorizando uma alimentação balanceada e saudável;
- No período de incômodo, fazer massagem com movimentos suaves. Isso também ajuda na circulação do sistema linfático e, consequentemente, na redução do inchaço;
- Hidratar adequadamente as mamas, pois a hidratação deixa a pele mais fina, se isso for feito em excesso, os mamilos podem sofrer rachaduras;
- Não esfregar os seios em excesso com buchas e toalhas, pois o desgaste da pele favorece o aparecimento de lesões e retira a proteção natural da pele.
Além dos fatores mencionados, a dor nos seios também pode ser consequência de algum estresse emocional, então é bom avaliar mudanças na rotina e responsabilidades. “Qualquer dor que não cessa, ou retorna com frequência prejudicando atividades do dia a dia, deve ser avaliada por um especialista”, finaliza o médico.