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Na última vez que Boca Juniors e River Plate se enfrentaram pela Copa Libertadores, a partida acabou antes do apito final e a resolução sobre o clássico virou caso de tribunal.
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Em duelo pelas oitavas de final do torneio em 2015, o River venceu o jogo de ida por 1 a 0, no Monumental de Nuñez, e foi à Bombonera precisando apenas de um empate para garantir a classificação. As equipes foram para o intervalo com 0 a 0 no placar, e no retorno para o segundo tempo, começou a confusão.
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Um torcedor do Boca encontrou uma brecha na grade da arquibancada e espirrou gás de pimenta na direção do túnel inflável que fazia o acesso do vestiário visitante ao campo.
Alguns jogadores do River Plate voltaram ao gramado enjoados e com os olhos vermelhos, irritados pela ação do gás. A partida ficou paralisada por mais de uma hora até que as autoridades decidiram suspender o clássico.
Em meio à confusão, um drone passeou pelo espaço aéreo da Bombonera pendurando uma espécie de fantasma que carregava a letra B escrita em vermelho, provocação dos torcedores boquenses em alusão ao rebaixamento do rival para a segunda divisão em 2011.
A decisão sobre o que fazer com o jogo, então, foi para os tribunais.
Dois dias depois, a Conmebol informou que o Boca Juniors estava eliminado da Copa Libertadores por conta do incidente. Além da eliminação, precisou arcar com multa de US$ 200 mil (cerca de R$ 598 mil) e um jogo com portões fechados na Libertadores do ano seguinte.
O River se classificou para as quartas de final e, posteriormente, conquistaria o título, seu terceiro na história.
As torcidas se provocam até hoje pelo episódio do gás. A Borrachos del Tablón, principal organizada do River, diz que o Boca "usou o gás e abandonou a Copa", além de ter "chorado por ver o torneio pela televisão".
Já a La Doce, barra brava do Boca, retruca dizendo que quem abandonou foi o rival, que "ganhou a Copa no Paraguai", em referência ao local da sede da Conmebol, onde foi decidida a suspensão do clube da Libertadores de 2015. Com informações da Folhapress.