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A assessoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Manaus (Sinetram) garante que as empresas foram pegas de surpresa já que, oficialmente, os representantes dos trabalhadores não informaram previamente sobre a paralisação, nem entregaram qualquer reivindicação. Ainda de acordo com o Sinetram, alguns sindicalistas e empregados da Global Green e da São Pedro chegaram às sedes das duas empresas pouco antes do início do turno das 4h e impediram os veículos de deixarem as garagens. Até as 11h (10h em Manaus), os cerca de mil motoristas, cobradores e funcionários administrativos e da manutenção continuavam de braços cruzados.
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A assessoria do Sinetram alega que os funcionários vinham cobrando a concessão de férias atrasadas e a readmissão de funcionários demitidos. As empresas, contudo, afirmam agir regular e legalmente em relação aos dois assuntos, pagando em dia os benefícios devidos aos trabalhadores, inclusive em eventuais demissões. Além disso, desde maio, rodoviários e empresários disputam no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) o índice de reajuste salarial a ser concedido. Mesmo sem a assinatura de um novo acordo trabalhista, dez empresas já concederam 6% de aumento salarial. O Sinetram informa que o salário inicial de um motorista é, no mínimo, R$ 1.812 e o de um cobrador, R$ 960.
A Global Green é a segunda maior empresa de transporte de Manaus e atende à zona leste da capital, transportando, em média, 300 mil pessoas por dia. Já a São Pedro atende as zonas oeste e norte, transportando em média 80 mil pessoas por dia.