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Ao longo das eleições legislativas de meio de mandato, os americanos votaram também em iniciativas locais, na terça-feira (6). Na Flórida, os eleitores decidiram banir as corridas de galgos, e as apostas ficam proibidas a partir de 2021.
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O estado abriga 12 das 18 pistas dos Estados Unidos, enquanto cerca de 40 estados proíbem apostas nesse tipo de corrida, segundo a agência de notícias AFP. A prática será mantida em outros cinco estados, de acordo com a Associated Press.
As competições envolvendo cães são consideradas cruéis pelos defensores de animais. Eles apontam, em média, duas mortes semanais por doenças ou lesões entre os 8.000 cães de corrida do estado.
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"Milhares de cães serão poupados de dor e sofrimento que é inerente na indústria de corridas de galgos", escreveu a Humane Society em rede social.
No mesmo dia da eleição, a ONG publicou imagem de Clipper e Leia. Os dois cães, resgatados, passaram anos nas pistas, obrigados a correr para o entretenimento das pessoas, e viviam confinados em pequenas gaiolas, informou o grupo.
A decisão desagradou aos organizadores e criadores. Eles afirmam que a indústria de corridas é responsável por cerca de 3.000 empregos, que os animais são mais bem tratados do que a maioria dos animais de estimação e que gostam das corridas, conforme a AP.
A preocupação agora é o destino desses animais. Muitos precisarão de uma casa, e protetores já começam a se mobilizar.
A diretora da Humane Society na Flórida, Kate MacFall, disse à NBC News que já recebe ligações de possíveis adotantes. Ela afirma que os cães são "gigantes gentis". "Eles são bichinhos incríveis, tão gentis e doces."
O outro lado também diz estar empenhado para o bem estar dos animais. "Faremos tudo o que pudermos para garantir que cada um deles seja adotado", disse à NBC News Jim Gartland, diretor-executivo do National Greyhound Association, que reúne a industria da corrida. Com informações da Folhapress.