Representante da Jac Motors no Brasil pede recuperação judicial

O pedido permitirá buscar proteção judicial para uma repactuação de seu passivo junto a bancos, parceiros e fornecedores, diz a empresa

© Nacho Doce/Reuters

Economia Grupo 09/11/18 POR folhapress

O grupo SHC, representante da fabricante chinesa de automóveis JAC Motors no Brasil, pediu recuperação judicial no úlltimo dia 1º.

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Em comunicado, o grupo diz que o pedido tem como objetivo preservar e potencializar a JAC Motors no Brasil, que hoje é seu principal negócio - ele também atua com redes de concessionárias de outras marcas.

O pedido permitirá buscar proteção judicial para uma repactuação de seu passivo junto a bancos, parceiros e fornecedores, diz a empresa.

O grupo informa que as vendas da Citroën, que já foi o principal negócio do Grupo SHC, despencou mais de 80% nos últimos sete anos, como consequência da crise econômica que derrubou todo o mercado

Em paralelo, o grupo afirma que a JAC Motors celebra excelentes resultados em 2018, crescendo mais de 20% neste ano, enquanto o mercado global de automóveis aumentou as vendas em 14%.

"Tomamos essa decisão, prevista em lei, para proteger a nossa companhia, nossos 700 colaboradores e os mais de 100 mil clientes da marca", disse Sergio Habib, presidente do Grupo SHC.

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As atividades de importação, distribuição, vendas e pós-venda (garantia, manutenção e fornecimento de peças) da JAC Motors continuam inalteradas e preservadas, à medida que a marca goza de um ambiente favorável e próspero no mercado brasileiro, afirma a empresa no comunicado.

A companhia vinha atrasando o pagamento de salários encargos trabalhistas desde dezembro do ano passado.

Apesar das dívidas, a companhia pretendia investir R$ 200 milhões na construção de uma fábrica da JAC em Itumbiara (GO).

Antes, havia desistido da instalação da unidade em Camaçari (BA), um polo automotivo, após ter recebido incentivos fiscais, o que levou a uma discussão judicial.

Segundo o UOL Carros, Sergio Habib vendeu recentemente suas duas últimas concessionárias de marcas que não são a JAC, uma da Volkswagen e outra da Jaguar Land Rover, a fim de se capitalizar antes de iniciar o processo de Recuperação Judicial.

No início do ano, ele já havia se desfeito de 12 revendas da Citroën, marca que ajudou a trazer ao país, ainda segundo o UOL Carros. Com informações da Folhapress.

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