© Pilar Olivares/Reuters
As Forças Armadas afirmam que querem tratar de mudanças no seu sistema de aposentadoria dentro de um contexto maior, que aborde tanto reajustes salariais, racionalização de estruturas e enxugamento de efetivos.
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Há diversos estudos na mesa à disposição da equipe econômica de Jair Bolsonaro (PSL), o presidente eleito que é oriundo do Exército. Um deles foi publicado pelo jornal O Globo nesta sexta (9), alinhavando um reajuste de 23% a partir do topo da hierarquia -subindo de R$ 26 mil para R$ 32 mil a remuneração de oficiais-generais de quatro estrelas.
Segundo informou o Exército, não há percentuais definidos nas propostas, que de todo modo dependerão de diversas propostas específicas de cada carreira. Hoje as Forças Armadas contam com cerca de 350 mil militares, número semelhante ao daqueles na reserva. Pensões e aposentadorias consomem 70% dos R$ 94 bilhões destinados às Forças neste ano.
O grupo envolvendo representantes das três Forças para discutir o assunto foi montado no primeiro semestre de 2016, quando o então governo interino de Michel Temer (MDB) iniciou a montagem de seu projeto de reforma da Previdência.
Bolsonaro já foi engolfado pela agenda previdenciária, considerada central para sinalizar uma inversão no caminho rumo à insolvência da situação fiscal do país nos próximos dois ou três anos. Nesta sexta, teve de dizer que não subscrevia uma proposta de reforma que sugere aumentar a contribuição de servidores públicos.
A sempre contenciosa questão da aposentadoria dos militares, cuja carreira com particularidades gerou um sistema acusado de ser generoso em excesso, ganhou relevo com o fato de Bolsonaro ser o primeiro integrante da categoria a ser eleito diretamente presidente desde 1945. Com informações da Folhapress.