© REUTERS/Ueslei Marcelino
O jornal Gazeta de Alagoas anunciou neste sábado (10) que irá encerrar sua edição impressa diária, tornando-se semanal, e passará a priorizar a divulgação de notícias em tempo real pela internet.
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Pertencente à família do senador Fernando Collor de Mello (PTC), o veículo circula há 84 anos e tem tiragem de aproximadamente 15 mil exemplares. Era o principal jornal diário de Alagoas.
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Segundo um comunicado veiculado na capa da edição deste sábado, a proposta é promover a atualização diária do site e entregar uma edição semanal de "caráter opinativo mais reforçado e diversificado nas análises dos acontecimentos".
"Estaremos com duas versões de mídia mais dinâmicas e mais modernas, seguindo a tendência dos principais jornais de todos os países", informou a nota.
A mudança já foi adotada por outros jornais regionais brasileiros, como a Gazeta do Povo, do Paraná -que se tornou semanal em meados de 2017 e investiu na versão digital para ganhar leitores e assinantes.
O veículo alagoano não informou se haverá demissões.
A Gazeta de Alagoas é de propriedade da família Mello desde a década de 1950, quando o pai de Collor, o ex-governador e senador Arnon de Mello (1911-1983), comprou o jornal.
A Organização Arnon de Mello também é dona de rádios, portais de notícia e da TV Gazeta, retransmissora da Rede Globo em Alagoas.
A decisão coincide com um recente revés político da família Collor de Mello: o senador havia se candidatado ao governo de Alagoas neste ano, mas desistiu da disputa -segundo ele, por falta de apoio e reciprocidade dos aliados.
O ex-presidente concorria em uma coligação com oito partidos, mas sua impopularidade (a taxa de rejeição chegava a 50%, segundo pesquisa do Ibope) fez com que parte dos aliados tentasse se desvincular da candidatura.
Collor não havia comentado a mudança no jornal da família até a tarde deste sábado (10). Com informações da Folhapress.