© Reuters / Athit Perawongmetha
A ONG de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional revogou nesta segunda-feira (12) o título de "embaixadora da consciência" dado à conselheira de Estado de Myanmar, Aung San Suu Kyi, líder "de facto" do país e acusada de fazer vista grossa para a matança de muçulmanos da minoria rohingya.
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Por meio de uma nota, a entidade exprimiu "profunda consternação" pelo silêncio de Suu Kyi em relação às "atrocidades" étnicas cometidas em solo birmanês. O reconhecimento havia sido conferido na época em que a líder capitaneava a luta pelos direitos humanos e contra o regime militar em Myanmar.
Suu Kyi, também vencedora do Nobel da Paz, passou 16 anos em regime de prisão domiciliar, e sua chegada ao poder carregou a esperança de pacificação do país. Em 2017, no entanto, mais de 700 mil rohingyas tiveram de fugir de Myanmar por causa de uma ofensiva do Exército em retaliação a ataques de rebeldes.
A perseguição ocorreu sobretudo no estado de Rakhine, que faz fronteira com Bangladesh. Suu Kyi não reconhece a existência de uma limpeza étnica em seu país, que tem maioria budista - os muçulmanos rohingyas são considerados "imigrantes". Recentemente, a conselheira de Estado também perdeu a cidadania honorária do Canadá. (ANSA)