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Os jornalistas brasileiros Tiago Henrique da Silva e Fernanda Kraide Camuzzo, que faziam reportagem sobre a crise migratória entre Brasil e Venezuela, foram detidos na fronteira por militares do país vizinho.
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Depois, segundo informações da AFP, foram "completamente revistados" e tiveram de passar um dia sob o poder do Exército venezuelano, na cidade de Santa Elena. Um terceiro repórter, identificado como Álvaro Fernández, espanhol, também estava com eles e foi levado.
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"Confirmamos que o Exército venezuelano libertou nossos colegas detidos durante quase 24 horas, a partir da noite de 12 de novembro, no Centro Militar de Escamoto, na cidade de Santa Elena. Nossos companheiros já se encontram no território brasileiro", informou o site da revista Late, empreendimento editorial de jornalistas latino-americanos para o qual trabalhavam.
Segundo o site, os jornalistas atravessaram a fronteira de Pacaraima, em Roraima, para Santa Elena, onde foram detidos "acusados de espionagem". O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) da Venezuela se pronunciou e denunciou o incidente como uma "prática sistemática de assédio" à mídia internacional por parte das autoridades venezuelanas.
O governo do presidente Nicolás Maduro é acusado de violar a liberdade de expressão com o fechamento de jornais e censura.