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Três meses após o desabamento da ponte Morandi, em Gênova, o Parlamento da Itália aprovou o decreto de lei que autoriza investimentos e medidas emergenciais na capital da Ligúria. O texto foi aprovado nesta quinta-feira (15) pelo Senado, com 167 votos favoráveis, 49 contrários e 53 abstenções. O decreto já tinha passado pela Câmara dos Deputados em 1 de novembro.
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"O meu discurso é somente para agradecer a todos os parlamentares por terem trabalhado dia e noite nas últimas semanas para um projeto que destina 300 milhões de euros para Gênova e para as 266 famílias que perderam suas casas", disse o ministro do Transporte e da Infraestrutura, Danilo Toninelli, comemorando com o punho levantado, gesto que foi criticado pela oposição.
A votação no Senado também foi marcada por bate-boca e tensão entre o governo e a oposição do Partido Democrático (PD), fazendo a sessão ser interrompida. O ex-premier e senador pelo PD, Matteo Renzi, disse que a legenda votaria contra o projeto porque, "horas após a tragédia, o governo lançou lama contra a oposição".
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"Luigi di Maio [vice-premier] sabia que não tínhamos aprovado a concessão da ponte à Autostrade, coisa que o jovem deputado Matteo Salvini fez", atacou Renzi, referindo-se ao também vice-premier e ministro do Interior da Itália, da Liga Norte. "É mentira que o PD recebeu dinheiro da Autostrade, que, por sua vez, financiou a Liga Norte", disse Renzi.
No dia 14 de agosto de 2018, parte da ponte Morandi desabou, com vários carros e caminhões em cima, causando a morte de 43 pessoas. Centenas de pessoas ficaram desabrigadas, já que as casas embaixo do viaduto foram destruídas. O prefeito de Gênova, Marco Bucci, prevê que até 2020 seja construída uma nova ponte.
O renomado arquiteto Renzo Piano cedeu um de seus projetos para a nova obra, mas as autoridades esperam que a própria Autostrade faça um novo projeto e pague a reconstrução. A escolha do novo projeto deverá ser feita até o fim deste ano. (ANSA)