© Jorge Duenes / Reuters
Mais de 1.500 imigrantes da caravana proveniente de países da América Central chegaram, nesta quinta-feira (15), à cidade mexicana de Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos, relatou a agência France Presse (AFP).
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O grupo, proveniente de Honduras, El Salvador e Guatemala, juntou-se às outras cerca de 800 pessoas que chegaram à cidade mexicana, em pequenos grupos, desde domingo passado.
"Sinto-me melhor, cansada, mas melhor. Passou um mês desde que comecei este percurso com as minhas filhas de 7, 11, 13 e 15 anos", afirmou Miriam, uma mãe de 32 anos, natural das Honduras, quando descia de um dos vários autocarros que deixavam os migrantes junto a uma portagem perto de Tijuana.
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À cidade fronteiriça mexicana devem chegar ainda hoje mais autocarros, com aproximadamente 3.000 mil pessoas a bordo, segundo as agências internacionais.
Fugir da miséria, da violência de grupos criminosos organizados e alcançar o "sonho americano" são as principais motivações destas pessoas. A movimentação em massa de imigrantes começou em Honduras, mas depois alastrou-se para outros países da região.
Muitos hondurenhos partiram a pé da cidade San Pedro Sula (a cerca de 180 quilômetros a norte da capital Tegucigalpa), no dia 13 de outubro, aquela que foi a primeira etapa desta caravana. Cerca de 4.300 quilômetros depois, alguns deles chegaram, nesta quinta, a Tijuana.
Os imigrantes estão decididos em entrar nos Estados Unidos, apesar das ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, que prometeu impedi-los e destacou cerca de 4.800 militares para a fronteira do país.
No posto fronteiriço de San Diego, junto a Tijuana, as autoridades norte-americanas decidiram limitar, nos últimos dias, as vias de acesso para os automóveis e instalaram barreiras de cimento e arame farpado.
Pelo menos oito imigrantes que tentaram cruzar uma barreira metálica foram rapidamente detidos por agentes da guarda fronteiriça dos Estados Unidos, constatou um jornalista da AFP no local.
Segundo as Nações Unidas, embora milhares ainda permaneçam na marcha, há relatos de que muitos já abandonaram o objetivo ou dividiram-se em pequenos grupos.
Na quarta-feira, o Instituto Nacional de Migrações das Honduras informou que mais de 7.000 hondurenhos já tinham regressado ao país de forma voluntária.