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Investigadores detectaram uma "estrela irmã do Sol" que pode ajudar a entender a sua formação, segundo um estudo divulgado nesta sexta-feira (16), realizado por uma equipe internacional, em colaboração com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço do Porto, em Portugal.
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Segundo o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), o estudo de arqueologia galáctica, publicado na revista Astronomy & Astrophysics, descobriu uma irmã do Sol (estrela tipo G3) "muito especial", devido à sua "idade" e "composição química".
"Estima-se que serão milhares as estrelas irmãs do Sol que se formaram no mesmo enxame juntamente com a nossa estrela, há cerca de 4,6 mil milhões de anos. Com o passar do tempo, as estrelas do enxame espalharam-se pela nossa galáxia, o que dificulta a sua detecção", esclarece o Instituto em nota.
Em comunicado, o instituto explica que foi através de uma amostra de 230 mil espectros do Projeto AMBRE do Observatório da Côte d'Azur, e de dados astrométricos "muito precisos", que os investigadores conseguiram "fazer uma seleção de estrelas com composições químicas semelhantes à do Sol".
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De acordo com o pesquisador do IA e da Universidade do Porto, Vardan Adibekyan, citado no comunicado, tendo em conta que "não há muita informação acerca do passado do Sol", este estudo pode "ajudar a entender onde na galáxia, e em que condições, se formou".
O instituto salienta ainda que as estrelas irmãs do Sol podem ser "boas candidatas à procura de vida", isto porque "há a possibilidade da vida ter sido transportada entre planetas das estrelas do enxame solar".
Segundo o investigador da Universidade do Porto, "se tivermos sorte, e a nossa estrela irmã do Sol tiver um planeta, e o planeta for rochoso, na zona de habitabilidade, e finalmente, se esse planeta tiver sido 'contaminado' pelas sementes da vida da Terra, então temos o que nós sempre sonhamos -- uma Terra 2.0, a orbitar um Sol 2.0".
A equipe do IA responsável pelo estudo, designado "The AMBRE project: searching for the closests solar siblings", planeja agora, através do espectrógrafo HARPS e ESPRESSO, começar uma campanha à procura de planetas à volta desta estrela.
"Encontrar e caracterizar sistemas planetários em volta de estrelas irmãs do Sol pode revelar informação extremamente importante acerca do resultado de formação planetária num ambiente partilhado", acrescenta o instituto no comunicado.
Além de investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, estiveram também envolvidos neste estudo pesquisadores do Observatório da Côte d'Azur e do Observatório Astronômico Byurakan. Com informações da Lusa.