© Reprodução/TV Cuba
Após Cuba decidir deixar o programa Mais Médicos no Brasil e citar declarações 'ameaçadoras' do presidente eleito, Jair Bolsonaro, pelo menos 196 médicos regressaram à Havana, na madrugada de quinta-feira (15), menos de 24 horas depois do anúncio. A chegada dos profissionais foi registrada pela televisão estatal cubana.
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"Ratificamos a decisão de não seguir participando do programa Mais Médicos, no Brasil, devido às manifestações servis deste lacaio do império, o novo presidente eleito do Brasil, que não tem conhecimento nem preparo para ser presidente desse país e que não se interessa pela saúde do povo brasileiro. Nós entregamos o melhor", disse José Ángel Véliz à "CubaTV", que trabalhava em Manaíra, na Paraíba.
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À espera dos médicos no saguão do aeroporto estava a vice-ministra de Saúde Pública, Regla Angulo Pardo. "Durante esses cinco anos, vi eles partirem, se prepararem, compartilhei com eles a preparação para o idioma, para a geografia do Brasil, para as condições da saúde. Não continuamos no programa Mais Médicos, mas acho importante reconhecer a maneira com que o povo brasileiro sempre tratou a nossos médicos", afirmou.
De acordo com informações do O Globo, participavam do programa 8.332 cubanos. O Ministério de Saúde informou que deve lançar edital para preencher as vagas abertas pela saída dos profissionais já na próxima semana e que a convocação deverá ocorrer de forma "imediata". A previsão é que um edital para selecionar profissionais para as vagas seja publicado já na próxima segunda-feira (19).