© Shutterstock
Um estudo publicado pelo 'Scientific Reports' revela que a percepção da amargura de algumas substâncias é uma predisposição genética, que nos leva a gostar mais de uma bebida ou de outra.
PUB
A pesquisa foi realizada com a coleta de dados de um levantamento sobre variantes genéticas dos ancestrais europeus ligadas ao paladar, acompanhado de um levantamento de dados genéticos, informações sobre saúde e hábitos diários.
“O estudo acrescenta à nossa compreensão de fatores que determinam preferências de bebidas, o paladar em especial”, explicou a coautora da pesquisa, Marilyn Cornelis, da Northwestern University, em Illinois, em entrevista ao 'The Guardian'.
De acordo com o novo estudo, pessoas com predisposição genética a perceber uma amargura maior do café consomem menos a bebida, e vice-versa. Os mesmos padrões foram observados em relação ao chá.
+ Cientistas encontram estrela que pode desvendar a formação do Sol
Segundo os cientistas, os participantes com maior percepção do componente amargo têm menos chances de tornarem-se alcoólatras em comparação ao grupo oposto.
Os autores da pesquisa acreditam que a descoberta possa ser um grande avanço na forma como sentimos o sabor dos alimentos e das bebidas. “Dado que os humanos geralmente evitam sabores mais amargos, interpretamos esses resultados como um possível padrão de comportamento”, diz Corneslis.
Sobre a preferência pelo chá, Jue Sheng Ong, autora da pesquisa do Instituto de Pesquisa Médica QIRO Berghofer na Austrália, explica que a escolha "pode ser vista como uma consequência da abstenção do café, porque nossos genes podem ter tornado o café um pouco amargo demais para o paladar”.