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O papa Francisco afirmou neste domingo (18) que "a injustiça é a raiz da pobreza" e pediu para os fiéis ouvirem o "grito dos pobres, cada dia mais forte, mas também menos escutado, sufocados pelo barulho de alguns ricos" A declaração foi dada durante a missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, pela ocasião da 2ª edição da Jornada Mundial dos Pobres, dia instituído pelo Pontífice.
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"O clamor dos pobres é diariamente cada vez mais forte, mas a cada dia menos escutado, já que é dominado pelo barulho de alguns ricos, que são cada vez menos, mas mais rico", alertou.
Francisco também pediu para os fiéis clamarem por "graça para ouvir o grito de quem vive em águas tumultuosas". "É o grito dos muitos Lázaros que choram, enquanto diversos ricos fazem banquetes com aquilo que justamente pertence a todos", acrescentou.
A celebração contou com a presença de pelo menos seis mil pessoas, entre elas sem-abrigo, indigentes, imigrantes, além de voluntários e representantes das associações que prestam diariamente assistência às minorias.
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Na homilia, o líder da Igreja Católica ainda ressaltou que Deus pede para todos os cristãos reconhecerem "aqueles que têm fome e sede, o estrangeiro e o despojado da sua dignidade, o doente e detido".
"Vejamos o que sucede em cada uma das nossas jornadas: entre tantas coisas, fazemos alguma gratuitamente, fazemos alguma coisa àqueles que não têm como corresponder?", questionou Francisco.
Logo depois da missa, Jorge Mario Bergoglio participou de um almoço coletivo com mais de três mil pobres. Segundo dados da Oxfam, organização britânica que reúne instituições de combate à pobreza, pelo menos 3,7 bilhões de cidadãos - metade da população global - não registraram aumento em sua riqueza no ano passado. (ANSA)