© Hannibal Hanschke / Reuters
O ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Haas, anunciou nesta segunda-feira (19) a proibição de entrada de 18 cidadãos da Arábia Saudita na área do Tratado de Schengen por suposto envolvimento na morte do jornalista Jamal Khashoggi, no último dia 2 de outubro.
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Haas explicou que a operação foi realizada com a cooperação de França e Reino Unido. "Continuaremos a monitorar a situação e nos reservamos o direito de tomar providências posteriores", disse o ministro, que até agora tem "mais perguntas que respostas" sobre o caso.
A polícia alemã diz que não pode divulgar os nomes dos suspeitos para não prejudicar as investigações. O banimento vale para os 26 países signatários do Tratado de Schengen, que garante livre circulação de cidadãos entre os Estados-membros. O acordo inclui a maior parte dos países europeus, exceto o Reino Unido e a Irlanda.
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Khashoggi
Jamal Khashoggi foi assassinado dentro do consulado saudita em Istambul no último dia 2 de outubro. Ele era crítico do goveno saudita e trabalhava para o jornal norte-americano "The Washigton Post", que publicou na semana passada reportagem que afirma que a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos acredita que o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, estaria por trás do crime.
A revelação contradiz as alegações do governo da Arábia Saudita, que nega veementemente envolvimento no caso. Segundo a publicação, a avaliação da CIA é "a mais definitiva até o momento que liga Mohammed à operação e complica os esforços do governo do presidente Donald Trump para preservar seu relacionamento com o aliado". (ANSA)