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O aniversário de Allana Brittes, em uma boate em Curitiba, foi regado a garrafas de vodca e uísque, além de dezenas de latas de energético. O consumo, no total, ficou na casa dos R$ 3,1 mil, incluindo o valor das entradas na casa noturna. Já a conta do jogador Daniel Freitas, que foi para um "after party" na casa dos Brittes após a festa, deu R$ 380: uma garrafa de uísque e cinco energéticos. Os documentos foram obtidos pelo UOL Esporte.
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O corpo do atleta foi encontrado horas depois em uma região de difícil acesso, em São José dos Pinhais. Conforme a necrópsia e depoimentos das testemunhas, houve consumo excessivo de álcool tanto pela vítima quanto pelos convidados.
No sangue de Daniel, foi constatado 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue. Em interrogatório, Edison Brittes, conhecido por Juninho e assassino confesso, disse que foram consumidas 35 garrafas de vodca.
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A ficha de Allana na boate contradiz: foram três vodcas, três combos de vodca com cinco energéticos, além de dois combos de uísque escocês com cinco energéticos e mais 20 energéticos. Já na ficha de Juninho, seis águas. Na de Cristiana, apenas o valor da entrada feminina, que foi R$ 10. Os homens tiveram de desembolsar R$ 30.
Defesa protocolou petição
Na última terça-feira (13), o advogado da família Brittes, Claudio Dalledone, protocolou uma petição para informar os valores reais da noite que antecedeu a morte de Daniel. A intenção foi "contrapor o que vem sendo divulgado erroneamente pela mídia" em relação aos gastos na boate de Curitiba.
O número da quantidade de garrafas mencionado por Edison seria o total consumido por todos os convidados, no entanto, um funcionário da boate informou à polícia que a conta não é precisa e seria difícil de fazer a contagem. Foram reservados dois camarotes para os amigos de Allana.
Excesso de álcool
Allana, em uma conversa com um amigo, chegou a dizer que, no dia do aniversário dela, havia "bebida que não acabava mais". "Ficamos muito doidos, ressaca brava hoje", escreveu a jovem. Questionados pela polícia sobre o consumo de drogas ilícitas, os convidados, que depuseram na delegacia, negaram.
Pós-festa
Depois da boate, alguns convidados, cerca de dez pessoas, foram para a casa dos Brittes para um "after party". Edison saiu para comprar mais bebida e voltou com vodcas e energéticos. Cristiana, por sua vez, não teria participado por estar embriagada. Ela foi para o quarto dormir, seguido por Daniel, que, segundo Juninho, entrou no cômodo e estuprou a mulher. A versão já foi descartada pela polícia.
Em depoimento, uma mulher que beijou Daniel naquela noite disse que o jogador "não aparentava estar embriagado". A história contada por essa testemunha vai de encontro à contada por um dos sete suspeitos presos, Eduardo da Silva. "Todos estavam bem alterados, estando os mais sãos o interrogado, a namorada dele e o [testemunha em sigilo], já os demais não, pois haviam bebido bastante."
Entenda o caso
O meia Daniel, ex-São Paulo e que estava emprestado ao São Bento, foi encontrado morto em um matagal em São José dos Pinhais, no Paraná, no último dia 27. Ele foi achado nu, com o pescoço cortado em dois lugares e o pênis decepado. Até o momento, sete pessoas já foram presas. São elas: Edison, Cristiana e Allana Brittes, Eduardo da Silva, de 24 anos, Ygor King, de 19 anos, David Willian da Silva, de 18 anos, e Eduardo Purkote, 18.