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A plataforma de hospedagem Airbnb anunciou na última segunda-feira (19) que excluirá anúncios de imóveis em assentamentos israelenses situados na Cisjordânia. A decisão cede à pressão de grupos de direitos humanos que pedem que empresas internacionais encerrem atividades na Cisjordânia ocupada. O território abriga cerca de 2,3 milhões de palestinos e 500 mil israelenses, além de uma crescente presença de colônias judaicas, um dos principais entraves para a paz na região.
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A maioria dos países considera os assentamentos uma violação do direito internacional, e o Airbnb disse por meio de uma nota que a retirada das casas em questão da plataforma afetará aproximadamente 200 imóveis.
Os palestinos consideram os assentamentos na Cisjordânia, cercados por forte presença militar, uma ameaça ao estabelecimento de seu Estado e comemoraram a decisão da empresa norte-americana como um "passo em direção à paz".
Por outro lado, a medida enfureceu o governo israelense, que chamou a decisão de "rendição miserável". O ministro do turismo Yariv Levin ameaçou até promover represálias contra o Airbnb.
A organização de direitos humanos Humans Rights Watch afirmou que encontrou casas de assentamentos para locação também no site Booking e pediu que a empresa retire os locais. O relatório da ONG enfatiza que as listagens violam a lei internacional e que negar aos palestinos o direito de alugar suas casas aumenta a discriminação. (ANSA)