'Se eu afundar, o Brasil todo vai afundar junto', diz Bolsonaro

Presidente eleito deu declaração em encontro com integrantes do PSL

© Alan Santos/PR

Política Reunião 22/11/18 POR Folhapress

O presidente eleito Jair Bolsonaro pediu nesta quarta-feira (21), durante reunião da bancada do PSL, apoio dos parlamentares eleitos para seu governo e afirmou que atenderá a "qualquer pedido" de recursos para seus estados e municípios. 

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"Eu vim pedir o apoio de vocês", afirmou Bolsonaro, eleito pelo partido. "Eu tenho certeza que 99% daqui vão apoiar a gente, assim como eu vou apoiar vocês. Qualquer pedido pro seu estado, pro seu município, se tiver recurso nós atenderemos, assim como atenderemos de outros partidos também", disse. 

O presidente eleito pediu paciência aos eleitos que se reuniram nesta quarta em um hotel de Brasília e disse que o governo precisa do Parlamento para a votação de matérias importantes. 

"Se nós errarmos, aquele pessoal volta e não sai nunca mais. E quem vai ter que sair seremos nós, e vai faltar toco de bananeira para nadarmos até a África ou os Estados Unidos", disse o presidente eleito. "E nós não queremos isso para o Brasil. Muito, mas muito mais grave que a corrupção é a questão ideológica", afirmou. 

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"Se eu afundar, não é vocês não, é o Brasil todo que vai afundar junto. Vocês sabem o peso do outro lado que está indignado por ter perdido as eleições, ainda mais para um capitão do Exército", afirmou. 

A fala de Bolsonaro durou menos de dez minutos e foi transmitida em uma live nas redes sociais da deputada eleita Bia Kicis (PRP-DF). Ela participou da reunião apesar de não ser da sigla, para a qual pretende migrar em 2019. 

Hoje, o PSL conta com 52 deputados eleitos, mas a estimativa interna é de que esse número suba para 61 por causa das siglas que não ultrapassaram a cláusula de barreira. Se isso se concretizar, o partido do governo passará a ter a maior bancada da Casa –hoje, fica atrás apenas do PT. 

Bolsonaro também falou sobre a insatisfação que tem sido ventilada por setores aliados sobre o espaço dado ao DEM no futuro governo. Partidário têm reclamado que a sigla já abocanhou as pastas da Agricultura, Saúde e Casa Civil e tem pretensões sobre a Câmara. 

"Alguns ministros, as pessoas têm reclamado, são do DEM", começou Bolsonaro. "Não são do DEM. Quem indicou a Tereza Cristina foi a bancada agropecuária, e ela é do DEM. Assim como grande parte dos gestores de hospitais filantrópicos, de Santas Casas, o presidente do Conselho Federal de Medicina e a grande parte da bancada da saúde indicaram o [Luiz Henrique] Mandetta, e por coincidência ele é do DEM", disse. Com informações da Folhapress. 

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