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Avaí (60 pontos), Ponte Preta (59), CSA (59) e Atlético-GO (56) disputam neste sábado (24) as duas vagas que restam para o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro -Fortaleza e Goiás já se garantiram na primeira divisão. Além do prestígio de fazer parte da elite do futebol brasileiro, os dirigentes miram os cerca de R$ 50 milhões que entrarão nos cofres dos clubes com a disputa do torneio em 2019.
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"Só no contrato da televisão vamos receber mais de quatro vezes e meia o que recebemos hoje [de R$ 6 milhões para R$ 28 milhões]. Isso sem contar verbas de patrocínio, bilheteria, sócio-torcedor...", afirma Rafael Tenório, presidente do CSA, que garante o acesso com uma vitória sobre o já rebaixado Juventude neste sábado (24), às 17h.
Como Avaí e Ponte Preta fazem confronto direto na última rodada, até um empate pode dar o acesso ao time alagoano. Para isso, a equipe precisa que o time catarinense vença os paulistas em casa, também às 17h deste sábado.
A disputa da primeira divisão daria uma receita inédita ao clube alagoano, e representaria o ápice da equipe nas últimas décadas. A última vez que o CSA esteve na primeira divisão do país foi em 1986.
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"Já poderíamos ter subido. Tivemos dois jogos em casa em que tivemos a chance de conquistar o acesso, mas não conseguimos", completa Tenório, citando a derrota para o Avaí e o empate com o Atlético-GO.
Mesmo tendo disputado a Série A recentemente, Ponte Preta e Avaí também esperam por um aumento significativo em suas receitas caso consigam chegar à primeira divisão. Tanto a equipe de Campinas quanto a de Florianópolis caíram para a Série B em 2017.
"Tivemos um corte de verbas de R$ 35 milhões. É um valor expressivo porque fomos obrigados a redirecionar nossas contas e readequar a folha de pagamento. Se não enxugássemos ao máximo, não conseguiríamos fazer futebol. O acesso para a Série A vale R$ 50 milhões. É quase um prêmio pelo título da Copa do Brasil", analisa Eric Silveira, diretor de marketing da Ponte Preta.
A Ponte é o time em melhor fase na Série B, com sete vitórias e um empate nas últimas oito rodadas. A expectativa da diretoria é conseguir o acesso para negociar novos contratos de patrocínio, já que os jogos da equipe passariam a ser exibidos na TV aberta no próximo ano.
Atualmente o clube tem contrato com a Caixa, que pagou R$ 3 milhões para estampar sua marca na camisa do time de abril ao final de dezembro. A esperança dos cartolas é voltar à mesa de negociação com o banco para renovar o acordo e aumentar o valor.
"Este ano foi muito difícil. As cotas (de direitos de TV) da Série B foram muito baixas. Houve queda no número de sócios adimplentes e outros deixaram de ser sócios. O patrocínio é bem menor na Série B", se queixa o presidente do Avaí, José Battistotti, que se recusou a falar em valores. Seu time garante a vaga na Série A com um empate contra a Ponte Preta.
O Atlético-GO tem chances remotas de acesso. Com 56 pontos, o time visita o Paysandu, mas, além de vencer, precisa torcer por derrotas de Ponte Preta e CSA, além de tirar uma diferença de nove gols de saldo (12 a 3) para o time de Campinas.
Campeão da Série B, o Fortaleza já garantiu os R$ 50 milhões de receita, prêmio pela aposta que a diretoria fez. Com a contratação de Rogério Ceni para técnico, o clube construiu mais um campo no centro de treinamento, reformou refeitório, vestiário e colocou novos aparelhos na academia. A folha salarial do elenco é de R$ 1,2 milhão por mês.
Há também a torcida das emissoras de TV fechada. Em 2019 entra em vigor os novos contratos do Grupo Globo e do Esporte Interativo. Este último possui acordo com o Fortaleza, enquanto o SporTV e o serviço de pay-per-view do Grupo Globo têm acordo com o Goiás.
O Esporte Interativo torce pelo acesso da Ponte Preta, que tem acordo com o canal. O Grupo Globo assinou contratos com CSA e Avaí. Com informações da Folhapress.