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O zagueiro Sergio Ramos, do Real Madrid, falou, neste sábado (24), sobre o caso revelado pelo "Football Leaks" no dia anterior, em que a Uefa teria arquivado flagrante no exame antidoping do jogador na final da Liga dos Campeões 2016/2017, contra a Juventus.
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O jogador deu explicações logo após uma derrota de sua equipe por 3 a 0 diante do Eibar, pela 13ª rodada do Campeonato Espanhol.
"Vou tomar medidas em relação a esse tipo de acusação, porque está claro que tentaram manchar imagem como profissional. Eu já realizei mais de 300 controles de doping ao longo da minha carreira e nunca aconteceu nada parecido. Acredito que quem deveria falar já se posicionou e agora meus advogados trabalharão para que se mostre a verdade", disse o capitão do Real Madrid, que já tinha conhecimento da informação antes da divulgação.
"Eu já sabia que a informação ia sair, me avisaram há um mês e meio. Mas eu não tenho medo porque estou falando a verdade", completou Sergio Ramos.
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A Uefa teria arquivado o caso na época por considerar válidas as explicações "de quatro linhas" do jogador e do médico do Real, que enviou uma receita médica que justificaria o uso da substância em questão.
O texto diz que a amostra recebida pelo laboratório da Áustria apontou a presença de dexametasona na urina do atleta. Esta substância é proibida pela WADA (Agência Mundial AntiDoping) em uso retal, intramuscular, oral e intravenoso. Só é autorizada se for comunicada com antecedência pelo médico da equipe e devidamente justificada. A informação é de que Ramos teria usado dexametasona por via nasal, e a agência não proíbe esta administração específica.
Se um médico não comunicar o uso da substância antes do exame, ele e o atleta passam a ser considerados suspeitos em um caso de doping. A dexametasona possui efeito anti-inflamatório, que ajuda no alívio de dores e aumenta a concentração e euforia.
A única medicação declarada por Ramos antes da partida foi uma injeção de betametasona, substância igualmente anti-inflamatória e proibida pela WADA. Neste caso, o uso foi comunicado com antecedência sob justificativa de que o atleta sofre de "patologias crônicas" no joelho e ombro esquerdos.
O médico alegou ter cometido um "erro humano" no calor do momento, dadas as circunstâncias em que a coleta é realizada após os jogos - naquele momento, o antigo rei da Espanha, Juan Carlos, havia acabado de visitar Sergio Ramos na sala com o então presidente espanhol, Mariano Rajoy.
A Uefa tomou nota das explicações e interpretou que "muito provavelmente ocorreu um erro administrativo". A entidade encerrou o caso: "No futuro, pedimos a você [Sergio Ramos] e ao médico da equipe que sejam cautelosos ao máximo".
A publicação ainda revela que Ramos teria tomado banho antes de um teste de urina em abril deste ano, após vitória sobre o Málaga; a Lei Antidoping Espanhola interpreta este tipo de atitude como possível obstrução dos procedimentos. No início de novembro, o "Football Leaks" já havia antecipado que exporia uma estrela mundial por doping. Com informações da Folhapress.