© Adriano Machado / Reuters
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), desautorizou proposta do futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para aplicar a médicos formados exames de certificação do diploma, a exemplo do que ocorre com advogados.
PUB
"Sou contra", disse Bolsonaro, em rápida entrevista após deixar a Escola de Educação Física do Exército, onde participou de cerimônia neste domingo (25). Ele criticou o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil, que é aplicado aos recém-formados em Direito dizendo que cria "boys de luxo" para escritórios de advocacia.
+ STJ julga posse do Palácio Guanabara, a ação mais antiga do Judiciário
Mandetta propôs o exame em entrevista ao jornal O Globo. "As pessoas que se for colocar uma prova para saber se o cara sabe medicina ou não, seria só para o cara de fora. É o médico brasileiro? Eu sou favorável que o médico brasileiro também faça", afirmou, dizendo que o novo governo leve a proposta ao Congresso.
O futuro ministro defendeu que exames de certificação já são aplicados na Europa e nos Estados Unidos. "No Brasil não existe nada. Vale o seguinte: 'toma o diploma e vá ao mundo. Pode abrir cabeça, pode abrir coração."
Deputado federal pelo DEM, Mandetta foi indicado para o ministério com apoio da bancada da Saúde no Congresso. Seu nome foi confirmado pelo presidente eleito na última terça (20).
Vai assumir com a missão de resolver problema de falta de médicos em municípios que eram atendidos por profissionais cubanos, que começaram a deixar o país na última quinta (22) após rompimento do governo cubano com o programa Mais Médicos.
Na entrevista ao Globo, ele disse que o governo Bolsonaro vai propor a criação de uma carreira para levar saúde a locais de difícil provimento. Defendeu ainda a mudança do programa para Mais Saúde, pois o atual negligência outros profissionais necessários, como enfermeiros e fisioterapeutas. Com informações da Folhapress.