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Parecer técnico elaborado pela Cetesb, entregue também à direção da USP Leste, concluiu que “os gases presentes no subsolo, notadamente o metano, não impõem um risco iminente à segurança dos usuários do campus”. Apesar disso, alertou o órgão, ainda há risco no local, o que demandará "a manutenção e o aperfeiçoamento das medidas de intervenção que estão em curso”.
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A unidade, que tem cerca de 6 mil alunos e 270 professores, está interditada desde 9 de janeiro pela Justiça, que considerou que a continuidade das atividades traz riscos à integridade física dos estudantes e funcionários. O terreno onde funciona a Escola de Artes, Ciências e Humanidades foi usado como depósito de dejetos resultantes da dragagem do Rio Tietê. Além de parte da área estar contaminada por substâncias tóxicas, existe acúmulo de gás metano no subsolo.
Uma das condições impostas para a liberação do campus é que seja finalizada a instalação de equipamentos necessários para o funcionamento do sistema de exaustão de gases, que já foi implantado e está em operação em praticamente todos os edifícios da unidade. Segundo a Cetesb, falta apenas a implantação desse sistema no edifício I-1 e no ginásio.
Outra medida importante, informou a Cetesb, é o isolamento da área onde foi depositado, em 2011, material contaminado com bifenilas policloradas (PCB). “A direção da unidade já providenciou esse isolamento com tapumes e cobriu o terreno com grama. A Cetesb concedeu prazo de 90 dias para que seja providenciado estudo mais detalhado desse local, visando à delimitação desse solo contaminado e, a partir dos resultados encontrados, realizar avaliação de risco”, informou o órgão.
O parecer técnico da Cetesb também exige que a USP faça uma medição semanal de metano nos poços de monitoramento de gases instalados no interior das edificações, mantenha o monitoramento semanal dos níveis de inflamabilidade em todos os ralos, grelhas, fissuras e ambientes confinados e implante medidas de redução de ruído no sistema de exaustão de gases instalados.
Por meio de nota à imprensa, a USP informou que a decisão para a reabertura do campus cabe à Justiça, que interditou a área. “Nesse sentido, a universidade aguarda a decisão dessa instância”, informou a USP.