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A organização internacional Human Rights Watch fez um pedido à Justiça argentina para que prenda o príncipe saudita Mohammed bin Salman, quando este desembarque na Argentina nos próximos dias para participar do G20 -que ocorre na cidade nos próximos dias 30 de novembro e 1 de dezembro.
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O pedido se baseia em alegações de que o príncipe teria cometido abusos durante a intervenção militar no Yemen e de que estaria envolvido no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
A notícia foi veiculada pelo New York Times e está repercutindo nos jornais e emissoras locais. A causa já foi acolhida pelo juiz federal Ariel Lijo, que cuidará do caso a partir desta terça (27).
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A vinda de Mohammed bin Salman já estava sendo alvo de questionamentos ao governo argentino. Em entrevista à Folha de S.Paulo, na última quinta-feira (22), o chanceler argentino, Jorge Faurie, disse estar ciente das reclamações, mas que o príncipe era um representante de um país do G20 e assim deveria ser tratado.
O Human Rights Watch também está tentando fazer uma ponte com organizações de direitos humanos na Argentina para pressionar a Justiça.
Por outro lado, já havia partido do príncipe um convite para encontrar-se com o presidente da Turquia, Recep Erdogan, sobre o caso -Khashoggi foi morto na embaixada saudita em Istambul.
"Mohammed bin Salman precisa saber que ele pode sofrer um processo criminal se ele se aventurar a viajar até a Argentina", disse ao diário norte-americano Kenneth Roth, diretor-executivo do Human Rights Watch. Com informações da Folhapress.