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A Justiça de São Paulo decidiu manter a anulação do Massacre do Carandiru e a remarcação de um novo júri, após julgamento dos embargos de infringentes e de nulidade do processo, ocorrido nesta terça-feira (27). Os embargos foram movidos pela defesa dos policiais, que contestou a decisão do judiciário paulista de anular as condenações e requerer novo júri, que não tem data para ocorrer.
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A decisão é da 4ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça), mas não foi unânime. Quatro desembargadores votaram para manter a anulação e ocorrer um novo júri. Outro desembargador defendeu que o processo fosse anulado e todos os policiais envolvidos fossem absolvidos. Diferentemente de "recurso", em que três desembargadores votam, os "embargos infringentes" têm votos de cinco magistrados.
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Ao todo, 74 policiais militares haviam sido condenados, em cinco júris diferentes, entre 2013 e 2014, a penas que variavam entre 48 e 624 anos de prisão em regime fechado por participação nas mortes. O Massacre do Carandiru, ocorrido em 2 de outubro de 1992, terminou com 111 presos mortos, segundo o governo paulista, e com nenhum policial envolvido ferido gravemente.
Os policiais envolvidos, apesar de terem sido condenados, nunca chegaram a ser presos. As condenações anunciadas nos julgamentos eram as maiores da história da PM (Polícia Militar) paulista. No entanto, em setembro de 2016, a Justiça de São Paulo decidiu anular todos os julgamentos. Com informações da Folhapress.