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Suassuna morreu na tarde de ontem (23), aos 87 anos, de parada cardíaca provocada por hipertensão intracraniana. Ele estava internado desde segunda-feira (21) no Real Hospital Português, no Recife, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.
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O velório de Suassuna começou ontem, por volta das 23h30, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Hoje de manhã, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, celebrou uma cerimônia religiosa no velório. Em clima de profunda comoção, familiares, amigos e fãs compareceram para prestar a última homenagem ao escritor e dramaturgo, que nasceu na Paraíba, mas passou a maior parte de sua vida em Pernambuco. O governador do estado, João Lyra, decretou três dias de luto pela morte de Suassuna.
Confirmada a morte do escritor, que ocupava a Cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras (ABL), diversas autoridades lamentaram a perda, entre elas, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e a presidenta Dilma Rousseff. A presidenta, inclusive, cancelou a agenda desta manhã no Palácio do Planalto e a viagem que faria a Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, para participar do velório de Suassuna.
Em nota, a presidenta disse que a literatura brasileira perdeu um grande referencial e que guarda ótimas recordações dos encontros que teve com o escritor.
Também compareceram no velório os governadores de Pernambuco, João Lyra Neto, da Bahia, Jaques Wagner, e da Paraíba, Ricardo Coutinho, o prefeito do Recife,Geraldo Júlio, o senador Humberto Costa (PT-PE) e o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos.
A Academia Brasileira de Letras foi representada por seu presidente, Geraldo Holanda Cavalcanti, e pelo acadêmico Evanildo Bechara. Ariano Suassuna é autor de extensa obra, com dezenas de peças de teatro e romaces publicados. O Auto da Compadecida é sua obra de maior alcance popular.