© Cesar Itiberê/PR
Em uma mensagem que pode ser lida como recado oposto ao que prega o presidente eleito, Jair Bolsonaro, Michel Temer afirmou em seu discurso na plenária do G20 que o mundo deve "recusar as aparentes facilidades do protecionismo e de isolacionismo".
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No primeiro dia do encontro dos líderes das 20 principais economias do planeta, em Buenos Aires, nesta sexta-feira (30), Temer disse que "a escolha do Brasil é pela integração de todas as possibilidades de um mundo crescentemente interconectado".
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O líder brasileiro afirmou, porém, reconhecer que "a globalização também é fonte de ansiedade para parcelas significativas de nossas populações". "Infelizmente, não são poucos aqueles que, sem acesso a capacitação adequada, alijados das inovações tecnológicas, sentem um legítimo mal-estar: mal-estar diante das mudanças no mercado de trabalho, das mudanças em nossas sociedades. Surge, aí, a tentação de soluções que podem soar simples, mas são ilusórias. Pois há que resistir. Há que recusar as aparentes facilidades do protecionismo e de isolacionismo."
Esta reunião do G20 ocorre em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China, que terá um novo capítulo com o jantar entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, marcado para a noite deste sábado (1º), ou seja, já após o fim da cúpula e da divulgação do documento final.
Temer chegou à capital argentina na noite desta quinta-feira (29), onde jantou com o embaixador brasileiro. Na magra agenda até o momento, constam apenas duas reuniões bilaterais, com os representantes de Singapura e Austrália.