Em semana que marca 2 anos da tragédia, Chape vence e fica na Série A

Jogando na Arena Condá, os donos da casa derrotaram o São Paulo por 1 a 0

© Sirli Freitas/Chapecoense

Esporte Data marcante 02/12/18 POR Folhapress

A Chapecoense pode respirar aliviada. Poucos dias depois de completar dois anos do desastre com o avião da delegação catarinense que vitimou 71 pessoas, a equipe garantiu a sua permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (2), na Arena Condá, os donos da casa derrotaram o São Paulo por 1 a 0 pela última rodada da competição. O gol foi marcado por Leandro Pereira, no segundo tempo.

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O tricolor paulista fechou a sua participação no Brasileiro com 63 pontos, na quinta colocação, e a vaga na Pré-Libertadores. Mesmo que tivesses vencido os catarinenses, o clube do Morumbi não iria superar o Grêmio na tabela -os gaúchos derrotaram o Corinthians neste domingo.

Já a Chapecoense, que viveu uma semana tensa também pelos dois anos do acidente aéreo -que aconteceu no dia 29 de novembro de 2016, na Colômbia-, terminou o nacional com 44 pontos, em 14º. Além de Paraná e Vitória, que já estavam rebaixados, Sport e América-MG vão para a Série B.

+ Fim do Brasileirão: veja a classificação final dos times na competição

A partir de agora, o elenco são-paulino está de férias. A reapresentação está marcada para o dia 3 de janeiro, no CT da Barra Funda. Já no dia seguinte, a delegação embarca para os Estados Unidos, onde vai disputar a Florida Cup.

O equatoriano Rojas, no entanto, segue no Brasil em dezembro para fazer o trabalho de recuperação de cirurgia no joelho direito. O atacante só terá folga na semana entre o Natal e a virada do ano.

André Jardine teve alguns desfalques para o jogo deste domingo. Por causa de questões pessoais, Jucilei foi liberado do confronto. Já o lateral esquerdo Reinaldo cumpriu suspensão automática, por ter recebido o terceiro cartão amarelo. O departamento médico vetou Tréllez, Luan, Bruno Peres, Gonzalo Carneiro e Rojas.

Com o apoio da torcida e o risco de ser rebaixado para a Série B, a Chapecoense partiu para o ataque e teve as melhores ações no início do jogo. Diego Torres e o sistema ofensivo verde levaram perigo ao gol de Jean. Já o São Paulo apostava nos contragolpes.

A Chapecoense reclamou do árbitro Wilton Pereira Sampaio logo no início do duelo. Em uma disputa de bola dentro da área entre Wellington Paulista e Arboleda, o atacante caiu e pediu pênalti. O juiz deixou o jogo seguir.

Na sequência do primeiro tempo, o São Paulo passou a atacar mais e equilibrou as ações. Geralmente com Nenê e Diego Souza, a equipe visitante buscou o gol e deu trabalho para o goleiro Jandrei. Ainda assim, no finalzinho, o Tricolor levou um susto, quando após cobrança de escanteio Wellington Paulista, de cabeça, mandou na trave.

O São Paulo demonstrou disposição para chegar ao gol na etapa final, mas teve dificuldade para superar a retranca da Chapecoense. Apesar de precisar da vitória para ficar na Série A sem depender de outros resultados, o time catarinense preferiu apostar nos contragolpes.

A Chapecoense viu a situação ficar mais tranquila a partir dos 22min do segundo tempo. Depois de ser atacado pelo São Paulo, o time da casa abriu o placar. Após cruzamento de Canteros pela direita, Leandro Pereira surgiu entre os defensores adversários e, de cabeça, mandou para o fundo das redes. Jogadores reservas da Chapecoense choraram com o gol.

Os últimos minutos de jogo foram de bastante apreensão para a Chapecoense. Como o Sport havia marcado um gol contra o Santos, a equipe catarinense seria rebaixada caso não conquistasse a vitória.

Estádio: Arena Condá, em Chapecó (SC)

Juiz: Wilton Pereira Sampaio (GO)

Cartões amarelos: Jean, Arboleda, Everton (S)

Gol: Leandro Pereira, aos 22min do 2º tempo

CHAPECOENSE

Jandrei; Eduardo, Douglas, Fabrício Bruno e Bruno Pacheco; Canteros (Elicarlos), Amaral, Márcio Araújo e Diego Torres (Bruno Silva); Wellington Paulista e Leandro Pereira (Osman). T.: Claudinei Oliveira

SÃO PAULO

Jean; Araruna, Arboleda, Bruno Alves e Edimar (Shaylon); Hudson, Liziero e Nenê (Igor Gomes); Helinho, Diego Souza (Brenner) e Everton. T.: André Jardine

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