© Bruno Kelly/Reuters
Onze pessoas foram presas em operação conjunta realizada ontem (3) pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) da Polícia Civil em conjunto com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com a finalidade de desarticular uma quadrilha responsável pelo tráfico de armas e munição vindas do Paraguai e transportadas de Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro.
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Na ação, foram cumpridos 11 de um total de 20 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Foram cumpridos também 20 mandados de busca e apreensão, sendo 14 no Rio de Janeiro e seis em Mato Grosso do Sul.
De acordo com as investigações que duraram um ano, as armas e munições vinham do Paraguai e entravam no país na fronteira com Mato Grosso do Sul. Somente em 2018, 35 mil munições de fuzis e pistolas foram apreendidas em quatro operações nas rodovias federais. O arsenal era distribuído para o tráfico de drogas e também por grupos de milicianos que dominam algumas regiões do Rio, principalmente na zona oeste do Rio.
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Na ação, foi preso Roger dos Santos Macedo, acusado pela polícia de ser um dos líderes da quadrilha. Macedo e mais três integrantes do grupo serviram na Brigada de Infantaria Paraquedista do Rio. Quando deram baixa do Exército, formaram um grupo de milicianos, responsável pela compra de armas e munições.
O delegado titular da Desarme, Fabrício de Oliveira, disse que, com as apreensões feitas hoje, as investigações vão evoluir para prender outros integrantes do crime organizado. “O inquérito policial identificou e indiciou cerca de 20 pessoas integrantes de uma grande organização criminosa que atua em diversos estados da Federação e foi responsável pelo envio de milhares de munições e centenas de armas de fogo de Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro nos últimos meses”, informou o policial.
A delegacia especializada conseguiu vincular ao grupo criminoso grandes apreensões de armas e munições ocorridas em Itaguaí, Seropédica e Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro, e ainda trabalha para reunir elementos que apontem para outros crimes que podem ter sido praticados pela organização criminosa.
Na operação foram empregados 100 agentes da Polícia Civil e 50 da Polícia Rodoviária Federal, no Rio de Janeiro, além de 30 policiais civis e 30 da PRF em Mato Grosso do Sul. Com informações da Agência Brasil.