Jesuíta Barbosa diz que aniversários na infância tiveram tema da Xuxa

Elenco de 'Verão 90' comenta lembranças dos anos 1990

© Marcello Sa Barretto / AgNews

Fama Nostalgia 04/12/18 POR Folhapress

Eles mal eram nascidos quando Ruth e Raquel abalaram a televisão brasileira em "Mulheres de Areia" (1993, Globo) ou quando os Mamonas Assassinas exaltavam a brasília amarela em "Pelados em Santos" (1995, Globo). Mesmo assim, Isabelle Drummond, 24, Jesuíta Barbosa, 27, e Rafael Vitti, 23, vão protagonizar "Verão 90", a próxima novela das sete da Globo, que se passa na década de 1990.

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Em entrevista à imprensa, os atores resgataram memórias da infância e falaram sobre como redescobriram aspectos daquela década. Jesuíta Barbosa arrancou risos ao revelar que suas festas de aniversário na infância tiveram temática da Xuxa, que na década de 1990 era uma das apresentadoras infantis mais assistidas no Brasil e em alguns países da América Latina, como a Argentina.

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"Minha mãe era muito fã de Xuxa. Ela fez todos os meus aniversários da Xuxa e cresci ouvindo todos os álbuns dela por causa da minha mãe", disse o ator pernambucano. "E É o Tchan era um grupo que todo mundo ouvia e fazia as coreografias, é um fenômeno que não tem mais hoje em dia, acho que está se perdendo."

Com estreia prevista para janeiro, "Verão 90" contará a trajetória de três ex-astros mirins e suas mães, interpretadas por Claudia Raia e Dira Paes. Isabelle Drummond viverá Manuzita, ex-estrela de um programa de TV que forma um grupo musical infantil, o Patotinha Mágica, com os irmãos João (Rafael Vitti) e Jerônimo (Jesuíta Barbosa) nos anos 1980, mas cai no esquecimento nos anos 1990.

Vivendo um papel cômico após personagens mais dramáticas, Drummond diz que a novela unifica o tom vivo da década em que se passa. "Há a alegria, a expressão é muito livre, você vai ver isso nos personagens, até mesmo na vilania existe uma expressão, um se jogar no que está fazendo", diz ela. "Ninguém economiza."

"Eu nasci em 1995, então não vivi muito bem essa época, mas meus pais viveram", diz Rafael Vitti, despertando reações de outros colegas presentes na ocasião. "É uma humilhação", rebateu Zeca Camargo, 55, que, apesar de não colaborar com a trama de Izabel de Oliveira e Paula Amaral, ajudou a contextualizar a época em que ele foi, entre outras coisas, apresentador na MTV Brasil (1990-2013), que pertencia ao Grupo Abril. Operada pela Viacom, a MTV é exibida somente na TV Paga. 

O canal, cujo nome remete a "music television" (televisão da música), mudou o modo de consumir música ao exibir videoclipes, ideia sintetizada por seu slogan, "a imagem da música". A novela fará alusão à emissora com a fictícia PopTV, da qual João será um apresentador.

A música, aliás, também terá seu protagonismo na narrativa. A trilha sonora trará hits radiofônicos da época, como "Rio 40 graus", de Fernanda Abreu, e "Saideira", de Skank, e videoclipes dos temas serão intercalados entre cenas dos personagens.

"Queria ter vivido essa época, muito por causa da internet, que é maravilhosa, mas [por conta dela] também se perdeu muito de interação, de relação", afirma Vitti, que diz ter recorrido a Evandro Mesquita, com quem contracenou em "Rock Story" (2016-2017, Globo), para aprender sobre o período.

Já Dira Paes, que viverá Janaína Guerreiro, mãe dos irmãos rivais, lembra de como era a moda na época marcada por sua estreia na televisão com a personagem Portira de "Irmãos Coragem" (1995). "Tinha uma roupa que era uma faixa salmão na cabeça e um vestido branco com uma bolas vazadas e detalhes salmão", lembra. "Era um lugar de muita liberdade."

"Estava do lado do [show de strippers] Leopardos, do lado de toda a maluquice, a loucura na qual eu fazia um enorme sucesso", lembra Claudia Raia, que se mudou para o Rio nos anos 1980 e, na década seguinte, passou a morar em Copacabana. "Eu era símbolo sexual, musa do verão com essa cor, botava [biquíni] asa-delta, tudo era possível e alegre."

Raia interpreta Lidiane, uma ex-atriz de pornochanchada que faz de tudo para deslanchar a carreira de artista da filha, Manuzita. "Dar de cara com um orelhão, com um telefone com fio em casa, me deparar com a secretária eletrônica, tem uma coisa de saudosismo bacana. A novela traz essas coisas de volta, essa lente de aumento, de não precisar ser blasé para ser chique, a delícia era ser alegre." Com informações da Folhapress.

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