Senadores acusam príncipe saudita de envolvimento em assassinato

Parlamentares subiram o tom após reunião fechada com diretora da CIA

© REUTERS/Jonathan Ernst

Mundo JAMAL KHASHOGGI 04/12/18 POR Folhapress

Após uma reunião a portas fechadas com a diretora da CIA (agência de inteligência americana), Gina Haspel, senadores republicanos aumentaram o tom e acusaram nesta terça-feira (4) o príncipe herdeito saudita, Mohammed bin Salman, de ser cúmplice do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi. 

PUB

Haspel foi ao Congresso após ter sido criticada na última semana por não ter participado de uma audiência a portas fechadas com os secretários de Estado, Mike Pompeo, e de Defesa, Jim Mattis, a respeito do crime.

+ Israel lança operação contra túneis do Hezbollah

Khashoggi foi morto no consulado saudita em Istambul, na Turquia, em 2 de outubro, em um crime que, segundo a CIA (agência de inteligência americana), foi ordenado pelo príncipe Bin Salman para calar o jornalista, crítico do regime. 

Os dois secretários disseram não haver evidências que ligassem o crime ao príncipe e instaram senadores a não enfraquecer os laços com a Arábia Saudita por causa do incidente. A posição é alinhada com a de Donald Trump, que se recusa a condenar os aliados de forma mais veemente. 

O senador Lindsey Graham afirmou após o encontro com Haspel que, enquanto não havia "smoking gun" (prova do crime), havia "smoking saw", em uma referência ao cortador de ossos que teria sido usado no desmembramento de Khashoggi depois de morto. 

Já Richard Shelby, presidente do comitê do Senado que administra os gastos do governo, afirmou que as evidências indicam que o príncipe é o culpado. "Essa é uma conduta que nenhum de nós nos Estados Unidos aprovaria", afirmou. 

O Senado aprovou na última semana o avanço de uma resolução para dar fim ao apoio dos Estados Unidos à guerra do Iêmen, conflito patrocinado pela Arábia Saudita e aliados que se arrasta há três anos e já matou mais de 10 mil pessoas. A medida está em debate na casa legislativa. 

As evidências apresentadas pela diretora da CIA, contudo, ainda não foram capazes de convencer todos os senadores a votar a favor da proposta. Shelby questionou: "como você separa o príncipe saudita da nação?" 

Graham, por sua vez, disse que não votaria a favor da medida, mas que apoiaria o fim do fornecimento de armas e de assistência militar à guerra no Iêmen. Também defendeu a imposição de novas sanções contra os envolvidos no crime, inclusive o príncipe.

No mês passado, o governo americano impôs sanções a dezessete cidadãos sauditas que estariam ligados ao assassinato. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 13 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama MAIDÊ-MAHL Há 13 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

fama Harry e Meghan Markle Há 5 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

justica Itaúna Há 13 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 11 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

esporte Indefinição Há 13 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

brasil São Paulo Há 13 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

fama Documentário Há 5 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

economia LEILÃO-RECEITA Há 11 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

fama LUAN-SANTANA Há 13 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento