‘A gente se aproximou na época do kit gay’, diz Malta sobre Bolsonaro

O senador foi braço direito do presidente eleito da campanha, mas acabou ficando fora do novo governo

© Jonas Pereira/Agência Senado

Política desabafo 05/12/18 POR Notícias Ao Minuto

Magno Malta quebrou o silêncio sobre ter ficado fora do novo governo. O senador, que não está no fim de seu mandato e não foi reeleito, atuou como braço direito de Jair Bolsonaro e foi o aliado mais ativo na campanha eleitoral do capitão reformado, articulando apoios para que Fernando Haddad (PT) fosse derrotado nas urnas, o que acabou acontecendo.

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Magno chamou a atenção no primeiro discurso de Bolsonaro, logo após a confirmação da vitória. O senador capixaba pegou nas mãos do presidente eleito e puxou uma oração que foi transmitida em rede nacional. Ele, que diz ter perdido a eleição por ter se dedicado à campanha bolsonarista, estava confiante de que ocuparia um cargo no novo governo, mas foi colocado de lado, a ver navios.

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Em entrevista ao site “The Intercept Brasil”, Magno Malta admitiu que ficou decepcionado, mas disse que a amizade com Bolsonaro não vai acabar.

“A autoridade é dele, ele é o presidente desse país. A amizade não vai acabar porque durante dois meses da eleição eu achava que ia ser ministro e eu não fui ministro”, disse o senador, amigo do presidente eleito há seis anos.  

“Eu fui deputado federal junto com ele, depois o tempo como senador. A gente se aproximou na época do “kit gay”. De lá pra cá a gente se deu muito bem”, ressaltou.

Após a decepção de não se reeleger e de ficar fora do governo do amigo, Malta decidiu deixar a vida política, após 30 anos de atuação.

“Foram 30 anos. Eu tenho um netinho de dois anos que fala mais do que a boca, eu quero ver crescer. Tem uma outra que está vindo, eu quero ver nascer e crescer também. Foram seis mandatos, né”, justificou. “Não quero mais disputar eleição”, acrescentou.

Perguntado se está se sentindo incomodado com as escolhas de Bolsonaro para o primeiro escalão do governo, Magno Malta foi enigmático. “Você vê muita gente que falava mal dele, não pedia voto, e agora tá aí, se aproximando”, disse ele, sem citar nomes.

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