© REUTERS/Stanislav Belousov
Em meio à escalada da tensão com a Ucrânia, a Rússia enviou um novo navio lança-mísseis para a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
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O "Orekhovo-Zuyevo" deixou a cidade de Novorossisk, no Mar Negro, rumo a Sebastopol, um dos municípios mais importantes da Crimeia. A medida se segue à notícia de que os Estados Unidos estariam se preparando para mandar um navio de guerra ao Mar Negro.
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A embarcação militar pertence a uma das unidades mais importantes da Marinha russa, a Frota do Mar Negro, e dispõe de mísseis de longo alcance, artilharia moderna e sistemas de defesa antiaérea e antissabotagem.
Em resposta, o Departamento de Defesa dos EUA anunciou que fará um voo "extraordinário" sobre a Ucrânia, com base no tratado de céus abertos. O objetivo, segundo o Pentágono, é "reafirmar o compromisso" de Washington com Kiev e outros parceiros.
No último dia 25 de novembro, a Rússia apreendeu três navios e prendeu 24 militares da Ucrânia no Estreito de Kerch, que liga o Mar de Azov ao Mar Negro e é controlado por Moscou desde a anexação da Crimeia.
Os ucranianos são acusados de invadir águas territoriais russas, mas Kiev denuncia uma "provocação". O caso fez o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, decretar lei marcial - quando a autoridade militar substitui a civil - por 30 dias.
Além disso, o Parlamento ucraniano aprovou nesta quinta-feira (6) a revogação do tratado de amizade entre Kiev e Moscou, que previa cooperações e parcerias entre os dois países. A Ucrânia convive até hoje com movimentos separatistas na Bacia do Don, especialmente nas regiões de Lugansk e Donetsk, que se autodeclararam independentes. (ANSA)