Medo de acirramento na disputa entre EUA e China derruba Bolsas

O resultado do fechamento, porém, foi em patamares mais contidos que os registrados ao longo do pregão

© iStock

Economia MERCADO FINANCEIRO 06/12/18 POR Folhapress

Os mercados acionários amargaram novo dia de perdas nesta quinta-feira (6), reflexo de temores de um agravamento da guerra comercial travada entre Estados Unidos e China. O resultado do fechamento, porém, foi em patamares mais contidos que os registrados ao longo do pregão. O dólar terminou em leve alta.

PUB

A notícia que desestabilizou os mercados foi a prisão da vice-presidente financeira e filha do fundador da empresa chinesa de tecnologia Huawei, Meng Wanzhou. Detida no Canadá, ela poderá ser extraditada para os Estados Unidos.

+ Futuro ministro diz que privatização dos Correios está fora da pauta

A companhia chinesa é um dos alvos do presidente americano, Donald Trump. Americanos investigam se companhia chinesa violou sanções do país contra o Irã desde pelo menos 2016, o que teria embasado a prisão de Wanzhou.

O governo americano vem acusando a Huawei de permitir que os aparelhos sejam utilizados para espionagem, afirmações que se intensificaram desde que Trump subiu o tom contra a China.

Nessa queda de braço, investidores consideram que a trégua na guerra comercial, acertada entre Trump e o líder chinês, Xi Jinping, no final de semana pode naufragar antes mesmo do início das negociações."Iludiu mais que ex-namorado", diz Victor Candido, economista da Guide, sobre a reação otimista do mercado ainda na segunda-feira e as perdas seguintes.

Os países haviam fixado prazo de 90 dias sem imposição de novas tarifas, para fechar um acordo comercial.

O acirramento da disputa entre China e Estados Unidos, segundo analistas do mercado, teria potencial de agravar a desaceleração da economia global, que de qualquer forma já estaria contratada para os próximos anos.

Essa perspectiva de desaceleração também se impôs sobre as cotações de matérias-primas, como o petróleo, negociado ao redor dos US$ 60 o barril.

Nesta quinta, os países-membro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) chegaram a um acordo para cortar a produção do combustível, mas ainda é preciso ouvir a Rússia, um grande produtor que não faz parte do grupo.

A expectativa é de que a redução da produção ajude a sustentar as cotações de petróleo. Nesta quinta, o Ibovespa, principal índice acionário do país, fechou em queda de 0,22%, a 88.846 pontos. O giro financeiro foi de R$ 14 bilhões. Na mínima da sessão, o índice chegou a ser negociado perto dos 87 mil pontos.

As perdas foram puxadas pela desvalorização da Petrobras. Os papéis preferenciais cederam 3,79%. O mercado doméstico sofre com a piora do cenário externo em um momento em que o noticiário doméstico não é tão brilhante, diz Candido.

Ele se refere às recentes falas desencontradas dos representantes do governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL) sobre a reforma da Previdência. Primeiro Onyx Lorenzoni (DEM), futuro ministro da Casa Civil, disse que o governo tem quatro anos para aprovar novas regras para a aposentadoria, enquanto o mercado espera agilidade para o tema.

Depois, Bolsonaro falou que não faria reforma para matar idosos. O ruído começou a ser dissipado com nova fala do presidente sobre possível fatiamento da proposta para aprová-la no Congresso.

Nos Estados Unidos, as Bolsas americanas também terminaram o pregão com queda menor que a registrada no pior momento do dia. Os índices Dow Jones e S&P 500 cederam ao redor de 0,5%, enquanto a Nasdaq inverteu a direção e passou a subir ao final do pregão, com ganho de 0,42%.

Na Europa, que fecha no começo da tarde (do horário de Brasília), mas perdas foram de mais de 3% nos principais índices, sinalizando que os mercados.

Já o dólar, que chegou a ser cotado a R$ 3,9440, fechou o dia com ganho de 0,12%, a R$ 3,875. A moeda também se beneficiou do fechamento mais sereno visto nas Bolsas. De 24 emergentes, o dólar ganhou força sobre 16 delas. Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

esporte Peru Há 8 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 8 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

politica Tensão Há 8 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

fama Televisão Há 6 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

fama Luto Há 5 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

lifestyle Alívio Há 8 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

tech WhatsApp Há 8 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

fama Fake news 03/11/24

Eles foram dados como mortos, mas estavam (e estão) vivinhos da Silva!

fama Rejeitados Há 16 Horas

Rejeitados! Famosos que levaram foras de outros famosos

fama Berço de ouro Há 20 Horas

Ricos: Eles já eram cheios da grana antes da fama