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O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al Qedra, disse que foi Israel quem fez a primeira violação da trégua humanitária de 72 horas, mediada pela Organização das Nações Unidas (ONU), após a sua artilharia bombardear Rafah. Israel, por sua vez, informou que dois de seus soldados foram mortos em combate e que outro pode ter sido capturado pelas milícias armadas, e acusou o movimento islâmico Hamas, que controla Gaza, de aproveitar o cessar-fogo para atacar as suas tropas.
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Apesar das acusações de Israel e dos Estados Unidos, o Hamas continua a insistir que a resistência palestina respeitou o cessar-fogo e limitou-se a atuar “de acordo com o princípio da autodefesa”. Em comunicado, as Brigadas Ezzedine al Qassam, braço armado do Hamas, referiram-se a “duros combates onde foram mortos e feridos muitos soldados israelenses”, mas não fizeram referência a qualquer militar capturado.
Segundo moradores de Rafah, cerca de uma hora antes da entrada em vigor do cessar-fogo acordado entre as partes (8h locais, 2h em Brasília), ocorreu um confronto entre blindados israelenses e milicianos armados. Os residentes do Sul de Gaza disseram que tanques e aviões israelenses bombardearam intensamente a cidade e que vários projéteis atingiram um mercado público no centro da cidade, provocando dezenas de mortos e feridos.
Na eventualidade da captura dos seus soldados, o Exército israelense tem ordens para flagelar a zona onde ocorreu o sequestro, inclusive para tentar eliminar seus militares sequestrados e evitar que sirvam posteriormente como “moeda de troca”.
Fontes palestinas informaram que a ofensiva israelense prosseguiu durante a tarde em Rafah. O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, disse, em nota, que “a declaração dos ocupantes israelenses de que um dos seus soldados foi capturado tem o objetivo de confundir a opinião pública e justificar a violação do cessar-fogo humanitário”.
*Com informações da Agência Lusa