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O número de casos de ebola nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, leste da República Democrática do Congo (RDCongo), subiu para 458 pessoas infectadas e 271 mortos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
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O registro de casos de contaminação da doença, que se transmite por contato físico através de fluidos corporais infectados e que provoca febre hemorrágica, sofreu um aumento de 38 novos casos e 29 mortos, a partir de 4 de dezembro.
Em 29 de novembro, a OMS anunciou que o surto na RDCongo é o segundo maior da história, logo depois do surto na África Ocidental, que matou milhares de pessoas há alguns anos. A epidemia do vírus no país africano foi declarada em 1º de agosto deste ano, em Mangina, nas províncias de Kivu Norte e Ituri.
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O vírus já se alastrou até perto da fronteira com o Uganda, país que, para prevenir, realizou um programa de vacinação de funcionários na fronteira com a RDCongo, atravessada diariamente por centenas de pessoas, num trânsito normal.
Até 4 de novembro, 26.687 pessoas e 7.006 crianças foram vacinadas na RDCongo, incluindo 9.105 elementos de organizações de socorro, governamentais e não-governamentais. Nos últimos meses, a ONU se inquietou com o risco de propagação da epidemia no Burundi, Uganda, Ruanda e Sudão do Sul.
Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, de 30 de outubro, instou estes países africanos a reforçarem as capacidades operacionais para lutar contra a doença, em total cooperação com a OMS. Proposta pela Suécia, a resolução, aprovada pela unanimidade dos 15 Estados-membros, reconheceu o perigo de saúde regional do vírus de ebola na RDCongo.
A epidemia já é a maior da história na RDCongo relativamente ao número de contágios, assumiu o governo. Segundo o ministro da Saúde da RDCongo, Oly Ilunga Kalenga, a presente epidemia ultrapassou em casos e mortos a primeira no país, registrada em 1976.
Posteriormente, a RDCongo foi atingida mais oito vezes por uma epidemia de ebola. Em 1995, o vírus provocou a morte a 250 pessoas na cidade de Kikwit, na província de Kwilu, no sudoeste da RDCongo. Com informações da Lusa.