Artefatos encontrados em ativistas não eram explosivos

Laudos técnicos confirmaram essa segunda-feira (4) que os objetos encontrados nas mochilas dos dois ativistas presos em junho, durante um protesto anticopa, não eram explosivos, ao contrário do que a Polícia Civil tinha afirmado.

© Divulgação

Justiça Laudo 05/08/14 POR Notícias Ao Minuto

Depois de terem sido presos por participação em uma manifestação que ficou violenta, no mês de junho, em ato contra a realização da Copa do Mundo no Brasil, os dois ativistas foram acusados, entre outros crimes, de estarem na posse de artefatos explosivos.

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De acordo com um relatório do grupo antibombas da Polícia Militar (Gate), divulgados essa segunda-feira (4) pela Folha de São Paulo, os objetos na posse do professor Rafel Lusvargh, de 26 anos e do estudante Fábio Hideki Harano, de 27 não eram, na verdade, explosivos.

Os dois ativistas estão presos há 43 dias, acusados de liderar protestos violentos, associação criminosa, porte de explosivos, incitação ao crimes, desobediência à autoridade, entre outros crimes. Uma das acusações, revela agora o Gate, passa por um erro da Polícia Civil.

O crime de porte de explosivos, punível de 3 a 6 anos de prisão, era a razão apresentada pelos policiais para manterem os ativistas presos. Ainda na passada sexta-feira (1), o juiz Marcelo Matias Pereira terá afirmado que havia “depoimentos consistentes” suportando a tese dos “artefatos explosivos / incendiários”.

O laudo técnico mostra que os objetos encontrados com os ativistas tinham componentes “inertes” ou “isentos de qualquer tipo de substância explosiva e/ou inflamável”, avança a Folha de São Paulo.

A defesa dos ativistas afirmou que vai pedir que a Justiça reconsidere os pedidos, negados anteriormente, para que os dois ativistas sejam liberados. Mas a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a motivo da prisão dos dois homens não é só o suposto porte de explosivos.

“Os fatos estão sob judice e foram objeto de denúncias oferecidas pelo Ministério Público ao Poder Judiciário, que manteve as prisões preventivas de Fábio Hideki Harano e de Rafael Marques Lusvargh. As denúncias, que não se baseiam apenas em objetos encontrados com ambos, se converteram em processos judiciais, nos quais Harano e Lusvargh figuram como réus”, escreveu em nota o SSP.

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