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De acordo com denúncia do jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (6), Azevedo ajudou a elaborar o plano de trabalho apresentado pela CPI, e foi escalado para blindar a presidenta Dilma Rousseff e a atual diretoria da empresa nas investigações. Em comunicado à imprensa, ele disse que sua atuação não feriu as atribuições e soberania do Parlamento.
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“Possuo duas atribuições fundamentais no tocante à CPI da Petrobras: relação com a estatal, para que a mesma atenda de forma organizada às demandas da comissão com transparência e eficiência; e com os parlamentares da base e da liderança do governo”, escreveu o secretário executivo. Segundo ele, seus trabalhos objetivam o esclarecimento de todos os questionamentos pela empresa, “evitando, dessa forma, o uso político-eleitoral da CPI”.
Para Azevedo, no entanto, a articulação política do governo não deve se omitir de debates com parlamentares, “inclusive para a formação do roteiro e da estratégia dos trabalhos”. Na semana passada, a revista Veja publicou reportagem com a denúncia de que a presidenta da Petrobras, Graça Foster; o ex-presidente da estatal, José Sergio Gabrielli; e o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró tiveram acesso antecipado às perguntas e foram treinados para responder aos parlamentares na comissão. A SRI também informou que não elaborou as questões.
Devido às denúncias publicadas na revista, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou ontem (5) que se reuniu com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para pedir que o órgão apure a existência de eventual irregularidade. "O fato colocado na revista Veja suscita investigação", disse o senador. Ele também pediu à Diretoria-Geral do Senado a abertura imediata de sindicância para investigar a suposta participação de servidores em vazamento de informações a depoentes da CPI.