Novo ministro de Bolsonaro tem pedido de condenação pelo MP

Ricardo Salles, indicado pelo presidente eleito para o Meio Ambiente, foi denunciado por improbidade

© Maurício Garcia de Souza / Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

Política RICARDO SALLES 09/12/18 POR Notícias Ao Minuto

Indicado neste domingo (9) pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o Ministério do Meio Ambiente, o advogado e administrador Ricardo Salles foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em setembro deste ano por prática de atos de improbidade administrativa.

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Salles foi secretário de Meio Ambiente de São Paulo entre 2016 e 2017, no governo Geraldo Alckmin, e, segundo a revista “Globo Rural”, o MP pediu sua condenação ao pagamento de R$ 70 milhões, pois ele teria adulterado mapas para a aprovação de projetos “com a clara intenção de beneficiar setores econômicos, notadamente a mineração, e algumas empresas ligadas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)”.

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Os mapas que teriam sido modificados, segundo a denúncia, foram elaborados pela Universidade de São Paulo e a própria minuta de decreto do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tietê.

“Alguns funcionários da Fundação Florestal foram pressionados a elaborar mapas que não correspondiam à discussão promovida pelo órgão competente. Posteriormente, alguns funcionários foram perseguidos.”, diz trecho da denúncia.

OUTRO LADO

O novo ministro de Bolsonaro se defende das denúncias e ressaltou que ainda não há sentença.

“Sou réu, mas não há decisão contra mim. São todas favoráveis a mim. Todas as testemunhas foram ouvidas, todas as provas produzidas e o processo está concluso para sentença, pode ser sentenciado a qualquer momento. Todas as testemunhas ouvidas, de funcionários do governo e fora, corroboraram a minha posição”, argumenta Salles, ainda segundo a “Globo Rural”.

“Defendo o que o fiz é correto. O MP tem opinião diferente, mas continuo defendendo que as medidas que nós adotamos na Secretaria (de Meio Ambiente de São Paulo) para corrigir o plano de manejo da APA do Tietê eram extremamente necessárias. Portanto, assim foi feito”, acrescentou.

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