Polícia de Goiás monta força-tarefa para caso João de Deus

Mais denúncias de abusos estão sendo feitas contra o médium

© Divulgação

Brasil Investigação 10/12/18 POR Folhapress

A Polícia Civil de Goiás vai montar nesta segunda-feira (10) uma força-tarefa para investigar as denúncias de abuso sexual supostamente praticado pelo médium João de Deus.

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Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do estado, André Fernandes, a delegacia especializada em investigações apurava uma denúncia recebida há 45 dias, mas, somente no fim de semana, houve 25 novos relatos. As vítimas começarão a ser ouvidas em Goiânia nesta semana.

"Quando da veiculação do programa, o número de vítimas aumentou. Estamos calculando 25 pessoas. Estamos fazendo uma reunião hoje [segunda-feira] com a inteligência e vários delegados, fazendo uma força-tarefa para agilizar a conclusão deste caso", disse o delegado à reportagem.

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Fernandes afirmou ainda que algumas investigações foram desenvolvidas no passado pela Polícia Civil e remetidas à Justiça. O Ministério Público de Goiás já havia informado sobre investigações anteriores. Promotores se reuniram no início desta manhã em Goiânia para levantar as apurações antigas e verificar como foram concluídas.

A Promotoria também organizou uma força-tarefa e pretende ouvir as vítimas a partir desta segunda-feira.

No sábado (8), 12 mulheres relataram ao jornal O Globo e ao programa "Conversa com Bial", da TV Globo, terem sido abusadas sexualmente pelo médium João Teixeira de Faria, 76, conhecido como João de Deus, que mantém a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no interior de Goiás.

Uma delas, a holandesa Zahira Lieneke Mous, contou que conheceu a casa em Abadiânia em 2014, quando buscava a cura para o trauma de ter sofrido abusos sexuais no passado. Após pesquisas, sentiu-se à vontade para ir sozinha ao local.

Na segunda visita à casa, foi informada que teria uma consulta particular com o médium em um escritório que fica dentro da casa. Ao chegar no escritório, o médium pediu para que ela ficasse de costas, conduzindo-a para um banheiro. Depois, ele teria colocado as mãos dela no pênis dele e fez com que elas se movimentassem.

Além do relato de Zahira, outras denúncias também têm sido divulgadas. Nesta segunda-feira, o Ministério Público fará uma coletiva para dar mais detalhes sobre os casos. Com informações da Folhapress.

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