Governo do Ceará afasta PMs que atuaram para impedir assalto a bancos

Durante a ação, catorze pessoas morreram em função da troca de tiros, entre elas seis reféns

© Pixabay

Justiça Decisão 11/12/18 POR Notícias ao Minuto

O governo do Ceará determinou nesta segunda-feira (10) o afastamento de suas funções dos 12 policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar envolvidos no tiroteio contra criminosos que tentaram assaltar duas agências bancárias da cidade de Milagres, no sul do estado, na madrugada da última sexta-feira (7). Catorze pessoas morreram em função da troca de tiros, entre elas seis reféns. 

PUB

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS), os 12 policiais serão afastados das ruas e permanecerão realizando trabalhos administrativos até a conclusão das investigações, conduzidas por cerca de 40 profissionais da Polícia Civil e da Perícia Forense estadual.

A Controladoria Geral dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) também abriu investigação preliminar para apurar os fatos. Além disso, o governo estadual acionou a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos Direitos Humanos (COPDH) para auxiliar as famílias das vítimas. Os reféns foram sepultados durante o fim de semana.

+ Maior serial killer do Brasil comenta crimes e faz sucesso no YouTube

Oito suspeitos de participar da ação foram detidos. Cinco deles foram presos na noite de sexta-feira (7). São três homens e duas mulheres, flagrados por equipes do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual em um veículo no qual policiais apreenderam um carregador municiado de calibre .40. De acordo com a Polícia Civil, eles estariam indo resgatar outros integrantes da quadrilha que teriam se escondido na região.

O Ministério Público Estadual (MPCE) também designou um grupo de promotores para acompanhar as investigações envolvendo os fatos decorrentes da tentativa de assalto em Milagres. Em coletiva de imprensa nesta tarde, o procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, classificou de “fracasso” a ação que tentou impedir o ataque a bancos do município.

“Não se pode, em nome de resguardar um patrimônio, ter seis vítimas em uma operação dessa natureza. Os policiais não vislumbravam esse resultado e isso justifica termos mais cuidado e cautela. Devemos cobrar da polícia protocolos mais rígidos.”

Rios enumera uma sequência de questões que precisam ser respondidas, como quem comandava a ação policial, quem e por que se começou a atirar, por que não houve rigor maior na ação, como a comunicação às Policias Federal e Rodoviária Federal e a adoção de protocolos de segurança envolvendo reféns.

“Independentemente do que aconteceu lá, não verificamos nenhum protocolo de zelo com a vida dos reféns. Ao que parece, sequer a polícia tinha conhecimento de que havia reféns. Se a polícia já conhecia os alvos, por que não providenciou iluminação adequada para o momento da ação policial. São questões empíricas, mas será objeto de verificação.”

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 15 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 15 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 8 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 15 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Condenados Há 23 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

fama Realeza britânica Há 8 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 16 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 16 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 11 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

brasil Tragédia Há 15 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos