© Murad Sezer/Reuters
Em um ano em que a liberdade de imprensa esteve sob os holofotes não só em regimes autoritários, mas em democracias como os Estados Unidos, o jornalismo foi escolhido como personalidade do ano pela revista americana Time.
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Foram quatro exemplos que serviram como um recado da publicação sobre a importância de incentivar o jornalismo investigativo, em um mundo em que todas as notícias negativas sobre governos e autoridades são tachadas de "fake news".
A distinção foi dada ao jornalista saudita Jamal Khashoggi, morto ao entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul em outubro, em um crime que a CIA (agência de inteligência dos EUA) acredita que teve como objetivo silenciar o repórter, crítico ao regime saudita.
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"É a primeira vez que escolhemos alguém que não está mais vivo como personalidade do ano, mas é também muito raro que a influência de uma pessoa cresça tão imensamente após a morte", afirmou Edward Felsenthal, editor-executivo da Time.
A personalidade do ano também foi Maria Ressa, editora do site de notícias filipino Rappler, que faz cobertura crítica das políticas violentas e controversas do presidente Rodrigo Duterte.
Wa Lone e Kyaw Soe Oo, repórteres da agência Reuters que foram presos em Mianmar ao investigar um massacre de muçulmanos, também estão no grupo.
Por fim, o jornal Capital Gazette, de Annapolis (EUA), alvo de um atentado após um atirador abrir fogo na redação, matando quatro repórteres e um assistente de vendas. Com informações da Folhapress.